segunda-feira, 20 de julho de 2015

O ferro será malhado ainda quente em Eduardo Cunha

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Cunha, Aécio e Paulinho no 1º de Maio da central em São Paulo, poucos dias depois de emplacar projeto da terceirização.
A situação de Eduardo Cunha vai ficando patética. Depois de ressuscitar um pedido de impeachment de Dilma feito por Jair Bolsonaro, agora recebe a manifestação de “solidariedade” de Marco Feliciano, que pede ao Pastor Everaldo, presidente do PSC, a expulsão do também deputado Sílvio Costa (PE), por este ter feito um pronunciamento onde pede o afastamento temporário do presidente da Câmara (clique aqui), enquanto está sendo investigado.
Fica, portanto, no campo dos elementos folclóricos da Câmara, pois as forças políticas determinantes nas decisões parlamentares, os partidos de peso, procuram fazer um cordão sanitário em torno de sua figura, para não serem apanhados pelos respingos da imundície.
A foto aí de cima – do 1º de Maio deste ano, um escárnio pela terceirização – tornou-se impossível de repetir.
O PMDB diz que suas atitudes são pessoais – até Leonardo Picciani, seu mais fiel escudeiro assina a nota “me inclua fora desta” do partido –, os tucanos voltam para o muro do qual nem se lembravam mais, com uma nota em que não diz nada e reafirma coisa alguma, com aquele “todas as denúncias devem ser investigadas”, o que, claro, não abrange as feitas contra Aécio Neves.
A semana que começa será, podem ter certeza, de fortes acontecimentos. É início do recesso parlamentar e, portanto, de férias no Reino de Cunha. E de pressa para Rodrigo Janot que, sem fatos novos, tem hoje uma situação de ser esmagado na votação de sua recondução ao cargo, vencidos os dois passos iniciais: sua indicação pelo voto da categoria e a confirmação de seu nome por Dilma.
As bombas virão logo, e com altíssimo poder explosivo: 15 dias são tempo demais para um “teste de fidelidade” da mixórdia política que se reuniu em torno da bandeira pirata de Eduardo Cunha. Mas se – e apenas – se troarem os canhões.

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