segunda-feira, 13 de julho de 2015

O Globo começa a “apertar” Cunha. E a lembrá-lo que seu papel é de coadjuvante, não de líder

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O grupo Schahin não parece ser, empresarialmente, flor que se cheire. Vem de ter rompidos, pela Petrobras, contratos de operação de sondas, por incapacidade operacional e queda na qualidade dos serviços.
Só que a história da Schahin se mistura a de Eduardo Cunha, que não é, propriamente perfumada. E que, agora, azedou e exala um odor fétido.
Schahin chama os repórteres de O Globo para acusar Eduardo Cunha de estar acumpliciado ao empresário (ou doleiro) Lúcio Bolonha Funaro para destruí-lo.
Funaro é homem de ligações antigas com Cunha, embora O Globo, ao que parece, não tenha consultado seus próprios arquivos e o dos outros jornais para dar a conhecer esta ligação.
Funaro era chamado de doleiro pela PF na CPI dos Correios, época em que Eduardo Cunha morava, de graça, num apartamento do hotel Blue Tree em Brasília e sua propriedade. Depois, surgiram comentários sobre uma sociedade de Cunha e Funaro, por meio do grupo Cebel, com a Schahin na fracassada central hidrelétrica do Rio Apertadinho, que se rompeu.
Foi uma guerra de morte entre ambos. Depois, em 2011, o próprio O Globo, diz:
“Após abrir mão do direito de preferência na compra de um lote de ações da empresa Oliveira Trust Servicer, Furnas Centrais Elétricas pagou pelos mesmos papéis, menos de oito meses depois, R$73 milhões acima do valor original. O negócio, ocorrido entre dezembro de 2007 e julho de 2008, favoreceu a Companhia Energética Serra da Carioca 2, que pertence ao grupo Gallway. Um de seus diretores, na época, era o ex-presidente da Cedae e ex-funcionário da Telerj Lutero de Castro Cardoso. Outro nome conhecido no grupo é o do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, que se apresenta em negócios como representante da Gallway. Lutero e Funaro têm ligações com o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ), a quem é atribuída a indicação do então presidente de Furnas, o ex-prefeito Luiz Paulo Conde, no período da transação.”
Cunha está recebendo os “lembretes amigos” de que não se inebrie no papel de domo do Congresso. O papel em que o querem é o de enfant terrible contra o governo Dilma. Mas vai ser difícil para a mente de Cunha, transtornada pelo poder que lhe caiu às mãos na Câmara, contentar-se com isso.

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