sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Desemprego diminui pelo terceiro mês seguido na RMS

Em agosto, a taxa de desemprego da Região Metropolitana de Salvador (RMS) diminuiu pela terceira vez consecutiva, passando de 20,9%, em julho, para 20% da População Economicamente Ativa (PEA), uma variação na taxa de 4,3%. Houve redução tanto do desemprego aberto, que recuou de 13,3 para 12,8%, quanto do desemprego oculto, que passou de 7,6 para 7,2% no mesmo período.
As informações são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada em parceria pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, Dieese, Ufba, Setre e Fundação Seade.
No último mês analisado, foram geradas 17 mil ocupações, número maior que o aumento de mil pessoas na PEA. Portanto, 16 mil pessoas saíram do contingente de desempregados, estimado em 367 mil. É importante notar que a queda na taxa de desemprego foi causada pela geração de postos de trabalho, que superou o número de pessoas que entraram para a PEA. A taxa de participação passou de 58,4 para 58,3% da população em idade ativa.
Na comparação com julho, o nível ocupacional cresceu 1,2%, sendo calculado um total de 1.468 mil trabalhadores na RMS em agosto. Este resultado deveu-se principalmente à elevação ocupacional nos seguintes setores: serviços, com mais 17 mil postos (2%), comércio, com novas duas mil ocupações (0,8%), agregado ‘outros setores’ (que inclui serviços domésticos e outras atividades), com mais duas mil vagas (1,6%), e indústria, com um aumento de mil postos (0,9%). Por outro lado, apenas a construção civil apresentou perda de cinco mil ocupações (-5%).
De acordo com a posição na ocupação, em agosto, houve incremento de dez mil postos no emprego assalariado (1,1%). Verificou-se elevação de nove mil vagas no contingente do setor privado (1,2%) e mais mil ocupações no setor público (0,5%).
O setor privado apresentou movimentos diferenciados entre os contingentes de assalariados com carteira e os sem carteira assinada. O primeiro teve aumento de dez mil ocupações, enquanto o segundo registrou redução de mil postos. O número de autônomos e do agregado ‘outros setores’ (que inclui empregadores, trabalhadores familiares, donos de negócios familiares, etc.) aumentou em seis mil e mil vagas, respectivamente. O contingente de trabalhadores domésticos não sofreu alteração em relação ao mês anterior.
Em julho, o rendimento médio declinou para ocupados (0,6%) e para assalariados (1,3%). Os valores desses rendimentos foram estimados em R$ 961 e R$ 1.066, respectivamente. Uma das razões para a queda do rendimento médio vem da defasagem sofrida pelo salário mínimo, que foi reajustado a última vez em fevereiro deste ano.

Comportamento em 12 meses

Na comparação entre agosto de 2008 e 2009, a taxa de desemprego permaneceu relativamente estável, passando de 19,9 para 20% da PEA. Esse resultado decorreu do desempenho da taxa de desemprego aberto, que evoluiu de 12,2 para 12,8%, e da taxa de desemprego oculto, que diminuiu de 7,6 para 7,2%.
O contingente de desempregados aumentou em mil pessoas, devido à saída de três mil indivíduos da PEA e à retração do número de ocupados (menos quatro mil pessoas). A taxa de participação retraiu de 60% para os atuais 58,3%.
O número de ocupados passou de 1.472 mil pessoas para 1.468 mil. Foram observados movimentos diferenciados entre os setores de atividade: aumento ocupacional no comércio, de 17 mil empregos (7,4%), e na construção civil, de dez mil postos (11,8%), e redução nos serviços, menos 12 mil ocupações (-1,3%), na indústria, menos 11 mil postos (-8,7%), e no agregado ‘outros setores’ (que inclui serviços domésticos e outras atividades) retraiu oito mil vagas (-5,8%).
Na posição ocupacional, o contingente de trabalhadores assalariados aumentou em 11 mil vagas (1,2%), com crescimento do emprego no setor privado de seis mil e no setor público, de sete mil. No primeiro, registrou-se aumento de 30 mil postos de trabalho assalariado com carteira assinada e diminuição de 24 mil postos sem carteira. O contingente de autônomos aumentou em cinco mil pessoas, enquanto o de domésticos e o do agregado ‘outros setores’ reduziram-se em nove mil e 11 mil, respectivamente.
Em julho deste ano, relativamente ao mesmo mês de 2008, o rendimento médio real diminuiu para a população ocupada (1,9%) e, em maior proporção, para a assalariada (3,7%).

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