quinta-feira, 15 de outubro de 2009

É justo você pagar por essa mordomia?. Eles estão merecendo?


As reformas política e tributária não saíram do papel, mas a do cafezinho está em andamento. A Câmara acaba de comprar um lote de sofás, poltronas e cadeiras para a sala de estar localizada ao lado do plenário, onde deputados costumam lanchar ou fazer um intervalo. As poltronas Le Corbusier LC3, em couro natural, custaram R$ 2,8 mil a unidade. As cadeiras Thonet ficaram por R$ 600 a unidade. A Casa também queria comprar quatro lixeiras de aço inox, ao preço de R$ 1,3 mil, mas não foram apresentadas propostas pelos fornecedores no pregão eletrônico realizado dia 1º deste mês.
Os investimentos nos apartamentos funcionais também não cessam. Depois de trocar camas, sofás e eletrodomésticos, a Câmara está substituindo o carpete de madeira dos imóveis cedidos aos deputados, localizados nas superquadras SQN 302, SQS 111 e SQN 202. A troca do carpete, uma área total de 3,6 mil m², sairá por R$ 282 mil. O fornecimento e a aplicação de sinteco consumirão R$ 157 mil.

Para completar o “enxoval”, a Câmara está comprando material de tapeçaria. Nas especificações, fica claro que o couro e os tecidos comprados serão destinados à reforma de cadeiras, poltronas e sofás. O custo total dos consertos ficará em R$ 64 mil.

Especificações

O edital da Câmara trouxe descrição bem clara para o mobiliário. As cadeiras Thonet são “em madeira maciça vergada com assento em palha”. Modelo do designer Michael Thonet. O preço estimado foi de R$ 7,5 mil para 12 unidades. A melhor proposta ficou em R$ 7,2 mil. As quatro poltronas Le Corbusier LC3 têm assento, encosto e braços estofados com espuma de poliuretano e revestidos em couro natural. A estrutura deve ser em tubo de aço inox polido brilhante. Foi estimado um preço de R$ 16,9 mil para quatro unidades, mas a compra ficou por R$ 11,2 mil. Não foram ofertadas as lixeiras em aço inox escovado, “com corpo de aço inoxidável livre de manchas e digitais”.
A Câmara informou que além de lanchar, tomar um cafezinho e até fumar num ambiente próprio, com exaustor e isolamento, os deputados também aproveitam a sala de estar para assistir a telejornais e, não raramente, a partidas de futebol.
O cafezinho já funcionou num canto do Salão Verde da Câmara. O local era considerado desconfortável e forçava o convívio com populares, lobistas, vendedores, doleiros, coletores de assinaturas e belas moças. Os parlamentares optaram por um local mais reservado e com uma decoração mais sofisticada.

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