domingo, 18 de outubro de 2009

Inácio retorna à relatoria da CPI das ONGs e descarta foco no MST

No retorno à relatoria da CPI das ONGs, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) deixou claro que não permitirá o uso político da comissão para investigar os repasses do governo federal para entidades que têm relações com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ao deixar à reunião da comissão no final da tarde desta quarta (14), ele disse que a oposição não faz contestações sobre as grandes propriedades que estão sob a posse de grileiros.
A oposição trabalha para instalar uma CPI mista com a finalidade de investigar os repasses ao MST e viu na CPI das ONGs uma boa oportunidade para isso. É que no cargo de relator encontrava-se ainda o líder tucano Arthur Virgílio Neto (AM).
Inácio Arruda foi destituído do cargo após uma manobra da oposição que aproveitou sua indicação para a CPI da Petrobras e nomeou para a relatoria Arthur Virgílio. Depois de instalar a comissão que investiga a estatal, fruto de um acordo, os governistas exigiam o retorno do senador cearense à CPI das ONGs.
Num rápido discurso, Inácio Arruda pediu apoio do presidente da comissão Heráclito Fortes (DEM-PI) para concluir seu relatório em um mês. Segundo a assessoria do senador, o prazo é compatível porque o trabalho estava bastante adiantado.
Mesmo assim, senadores do DEM e do PSDB vão insistir num prolongamento da comissão para tentar investigar as ONGs que dão apoio ao trabalho do MST. Alegam que, na relatoria, o líder tucano providenciou a quebra dos sigilos fiscal e bancário de duas entidades ligadas ao movimento.
“ Uma coisa é a luta pela reforma agrária e outra é o programa do governo federal e a parceria com entidades que tem relações com o MST. Agora, há as grandes propriedades que são de grileiros. E quanto a isso, não há contestações”, disse Inácio às Agências. A próxima reunião da comissão está marcada para terça-feira (27).

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