sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O laranja estava a serviço de quem?. A quem interessa o vazamento da prova do Enem?


Depois da notícia do vazamento da prova do Enem, ficou uma certeza para todos. Os dois moços, com ares de inocentes amadores, os laranjas, sabíam muito bem o que queríam. E não era dinheiro. Basta ler hoje a Folha de S.Paulo.Se, por um lado, a jornalista Renata Cafardo foi correta em avisar ministro da Educação, Fernando Haddad e não escandalizar o caso com manchetes sensacionalista, o mesmo não está fazendo a Folha, a dona da gráfica Plural, empresa responsável pela impressão das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) .
Que o vazamento foi político, é óbvio. Que os dois homens que tantaram vender a prova do Enem são laranjas, está mais que óbvio.Ninguém vai procurar um jornal oferecendo resultado de provas do Enem, vai querer vender para alunos,para cursinhos etc. Foram vender para um dos principais jornais de oposição ao governo Lula, isto sem dizer que a gráfica que vazou as provas é do grupo Folha de São Paulo. Este vazamento além do desgaste político do ministro, prejudicou milhares de alunos,e gerou um rombo ou seria melhor dizer um roubo nos cofres públicos de 30 milhões.Será que as gráficas vão receber este dinheiro novamente para fazer outra prova, e culpar o ministro pelo vazamento?. Concordo com o jornalista Nassif quando diz,"Foi uma operação paulistana, não brasiliense, embora não se descarte a possibilidade dos bandidos terem vindo de Brasília".
O objetivo final era obviamente o Estadão ou a Record, mas por qual razão? Uma possibilidade seria o fato de ambos não terem se queimado com armações e dossiês falsos. Outra possibilidade é que as duas portas óbvias – Folha e Veja - estavam impedidas de serem acionadas. A Folha devido ao fato de controlar a Gráfica Plural (que recebeu a gigantesca encomenda do MEC de imprimir as provas); a Veja pelo fato da Abril ser grande fornecedora do Ministério da Educação.
A manchete de capa da Folha"PF não fez segurança de provas do Enem após saída da gráfica" Na Uol, a chamada de capa "Verba para refazer o Enem daria para comprar 6 milhões de livros" E, lógicamente, foram ouvir o tucano"Inexperiência permitiu falha no Enem, diz Paulo Renato"
E por que não fez?
Ontem, a PF alegou que não teve qualquer participação no processo porque foi proibida pelo Tribunal de Contas da União (TCU), de fazer esse tipo de atividade. Ah! o TCU. Aparelhado pelo DEM e PSDB a serviço da oposição. Ah o TCU, que bloqueia todas as obras do PAC, para prejudicar Dilma, mas fecha os olhos para as obras do Rodoanel superfaturado para favorecer José Serra.
O pedido de apoio foi feito pelo MEC, e, em julho, foi realizada reunião com integrantes do Inep — órgão do ministério —, em que a PF informou que não poderia participar do processo. Antes de 2005, a PF guardava as provas nas superintendências até o dia do exame.
Do edital do novo Enem, liberado em junho, consta a exigência de interação entre o consórcio vencedor e a PF. O edital chega a mencionar que as viagens de policiais seriam pagas pelo Inep.O uso de vigilância armada e monitoramento por câmeras durante 24h ficou apenas a cargo do consórcio.Neste consórcio, está a A Plural Editora e Gráfica Ltda,da Folha de S.Paulo.(Ontem, a Folha se fez de morta durante todo dia. Somente a noite, divulgou nota da Gráfica, e só hoje disse que também foi procurada pelos dois laranjas.)
Pelo edital, o consórcio Connase deveria empregar seguranças armados e filmar por 24 horas todos os locais onde a prova é manuseada. As fitas deveriam ser entregues ao Inep em até três dias, sem edição.O documento dizia que número de vigias e o tipo de armamento a ser usado fica a critério da empresa
Todas as pessoas que trabalham para o consórcio devem assinar termo de confidencialidade. E para ingressar na gráfica e no centro de distribuição, precisariam passar por detectores de metais.
A entrada de qualquer equipamento eletrônico também é proibida no edital, para evitar fotos ou repasse de informações por celulares.
Qualquer material inutilizado precisa passar por “trituração dupla e picotamento duplo na sede” da empresa.
Em São Paulo, a PF abriu inquérito ontem de manhã para investigar os responsáveis pelo vazamento. Um delegado da área fazendária iniciou os trabalhos ontem mesmo. Estava previsto que dois repórteres de “O Estado de S. Paulo” seriam ouvidos pelo delegado, na tentativa de identificar os homens que tentaram vender cópia das provas para o jornal, por R$ 500 mil.
A PF pretende ouvir ainda funcionários da Gráfica Plural, da Folha de S.Paulo, onde as provas foram impressas.

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