quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O sonho coletivo dos urubus


A Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, Honduras, além de cercada por militares golpistas daquele país, está sob cerrado bombardeio de bombas sonoras de fabricação israelense e cercada por sofisticados esquemas de interceptação telefônica também procedentes de Israel.
A avaliação de fontes ligadas ao presidente deposto de Honduras é que os encapuzados ao redor da Embaixada do Brasil são franco-atiradores israelenses e norte-americanos (atiradores de elite) prontos para executá-lo a qualquer cochilo e enquanto se elabora um plano para invadir a embaixada seqüestrá-lo ou matá-lo, dependendo do grau de dificuldade da operação.
Agentes de Israel especialistas em seqüestros e disfarçados de soldados das forças armadas hondurenhas executariam a operação.
Entendem que, invadindo a embaixada e seqüestrando ou matando Zelaya, o problema criado por sua presença dentro do território de Honduras estaria resolvido. O estado de sítio, a boçal repressão dos militares hondurenhos contra trabalhadores, o toque de recolher, em curto prazo, resolveriam o problema de resistência civil contra o golpe, e as eleições de novembro acabariam por consolidar a posição dos golpistas.
Quanto ao Brasil os golpistas já receberam informes que setores golpistas das forças armadas brasileiras (existem militares brasileiros na base norte-americana de Tegucigalpa) , a chamada grande mídia, aproveitariam o fato – a invasão, seqüestro ou assassinato de Zelaya – para enfraquecer o governo Lula, abrindo caminho para a eleição do governador de São Paulo José Serra comprometido com os EUA e financiado pela FUNDAÇÃO FORD, a mesma que financiou a eleição e a aprovação da emenda de reeleição de FHC (compra de votos de deputados e senadores).
Os jornalistas da principal rede de tevê do Brasil, a GLOBO, são os únicos com acesso pleno aos militares hondurenhos e em alguns casos chegam a receber com antecedência as informações sobre marchas montadas a favor do governo (funcionários públicos obrigados a comparecer) ou ações repressivas e até a participar de reuniões com autoridades golpistas.
O noticiário sai de Honduras e vai para a GLOBO nos EUA, onde é checado pelos editores do grupo. Nada que é enviado para o JORNAL NACIONAL, ou qualquer outro jornal da GLOBO sai sem que funcionários norte-americanos em Washington ou New York dêem o nil obstat. Em casos de urgência o contato é telefônico e todas as franquias são concedidas à rede brasileira.
Na perspectiva dos norte-americanos e dos israelenses dois coelhos estão sendo mortos nesse processo. Zelaya e Lula (morte política). No caso do brasileiro, exibir um eventual fracasso da diplomacia brasileira e abrir caminho para que José Serra chegue ao Planalto em 2010.
O avanço dos EUA sobre o Brasil se deve principalmente devido às descobertas de petróleo na camada pré-sal e o de Israel, a aproximação do presidente Lula com o Irã e sua posição sobre a guerra contra o povo palestino.
Serra já se comprometeu com a privatização da PETROBRAS, em aceitar sanções contra o programa nuclear do Irã, revelar o inteiro conteúdo do programa nuclear brasileiro, comprar armas norte-americanas e permitir a instalação de bases dos EUA no Brasil, para operações golpistas contra governos considerados hostis.
Ou seja, passa a escritura do Brasil. A questão das bases foi abortada por Lula no início de seu primeiro mandato, pois já estava negociada por FHC. A Base de Alcântara.
Os senhores do mundo não admitem ser contestados. São eleitos e exercem “mandato divino”.
A mídia, como setores das forças armadas e as elites econômicas do Brasil apenas estão no Brasil, não são brasileiras ou brasileiros. Submetem-se aos EUA. Sobre o Congresso é dispensável fazer avaliações. Mais de 70% tem plaquinha de “vende-se voto” à entrada dos respectivos gabinetes.
Uma operação como a planejada pelos militares norte-americanos e agentes de Israel que assessoram diretamente os hondurenhos golpistas, desmoralizaria o Brasil, o governo e encerraria um problema que vai se tornando a cada dia mais incômodo para os “senhores do mundo”.
E principalmente diante da reação do povo hondurenho que “cismou” de não aceitar as bestas-militares no governo contra sua vontade.
Não é a presença de Zelaya na embaixada do Brasil que complica a situação para os golpistas, é a reação popular. Zelaya só faz torná-la mais aguda, mais forte.
Por golpistas entende-se tanto os militares de Honduras, como o governo Obama e a participação (tinha que ser, a boçalidade é intrínseca), do governo sionista de Israel.

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