domingo, 4 de outubro de 2009

Uma vitória do povo


O título não pode ser outro.
Podem exasperar-se os oposicionistas, mas o êxito de ontem, em Copenhague, foi, sobretudo, uma vitória da autenticidade do povo brasileiro, que Lula soube encarnar.
O presidente não se intimidou diante do lobby poderoso das cidades que competiam com o Rio de Janeiro. A primeira das eliminadas foi exatamente Chicago, cidade do presidente Obama, que ali se encontrava com Michele. Madri não se limitara a enviar seu primeiroministro à Dinamarca: recrutou o próprio Rei Juan Carlos, que voltou para a Espanha de mãos vazias.
Lula confirmou, em Copenhague, seu poder de convencer. Ele pode desrespeitar o protocolo, mas quase todos aceitam essa ruptura dos ritos como manifestação da sinceridade, de alguém que, não escondendo seus sentimentos – como as lágrimas de ontem – não esconde tampouco suas ideias, nem suas intenções.
É provável que muita gente tenha preferido que fôssemos derrotados a engolir, mais uma vez, os êxitos do metalúrgico.

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