Colaborador das investigações que levaram à deflagração da Caixa de Pandora, operação da Polícia Federal autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça nesta sexta-feira contra o governo do Distrito Federal, o ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, disse que o governador José Roberto Arruda, do DEM, pedia dinheiro de “15 em 15 dias”.
Em depoimento, Durval afirmou que governador do DEMos, José Roberto Arruda:
- pediu dinheiro para “saldar despesas pessoais naquela semana [depoimento correu em 16 de setembro] e que por isso precisava de um adiantamento de R$ 50 mil”;
- pediu a ele, Durval Barbosa, que “reservasse uma quantia mensal para suas despesas pessoais”;
No inquérito, há ainda citação ao vídeo, gravado por Durval, em que José Roberto Arruda aparece recebendo propina de R$ 50 mil.
“[Era] para as despesas dele e da família, e nessa ocasião Arruda e o declarante conversaram sobre diversos assuntos políticos, financeiros e de campanha eleitoral...”, diz o inquérito.
Segundo a Procuradoria, há indícios de crimes como formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude à licitação, crime eleitoral e crime tributário. Essa é a lista de crimes pelos quais são investigados o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, secretários de estado, deputados distritais e empresários que atuam em Brasília. O inquérito está em trâmite no Superior Tribunal de Justiça.
Governador do DEMos: haras e empresa de laranjas
Durval Barbosa, afirma que Arruda comprou recentemente um haras em nome de outra pessoa. O pagamento, disse ele, foi “à vista”. “Arruda e sua atual esposa freqüentam o haras e estão fazendo uma reforma em sua sede”, disse em depoimento ocorrido em setembro.
O ex-policial, que não apresenta nenhuma prova, declara ainda que, além do haras, o governador também seria proprietário de uma empresa que não está registrada em seu nome, a Danluz. “A empresa foi comprada por Arruda e José Humberto [secretário de governo do DF], quase falida, e hoje se transformou em uma grande prestadora de serviço” do governo do DF. De acordo com Durval, que esteve envolvido em casos de corrupção na gestão do ex-governador Joaquim Roriz, a empresa está registrada em nome de uma pessoa que mora em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília.
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