O chanceler Celso Amorim afirmou hoje que avaliará a partir de agora se fecha a embaixada do Brasil em Honduras ou se manterá a representação em um nível mais reduzido. De toda forma, um novo embaixador não será enviado para representar o País diante do governo eleito.
"O certo é que não enviaremos um embaixador. Não temos como reconhecer a eleição. Se vamos fechar a embaixada, essa será uma decisão técnica que teremos de estudar", disse.
Na Europa, Amorim afirmou que estava mais interessado em saber o resultado do clássico espanhol Real Madrid e Barcelona, disputado hoje, que o das eleições em Honduras. O Brasil não reconhece as eleições no país centro-americano, mas o governo dá sinais de que busca um fim para a crise. "Estou mais interessado no resultado do Real Madrid. Essa eleição não é legítima, então não me interessa", ironizou o chanceler.
O ministro indicou que não haveria forma de o Brasil reconhecer o resultado do pleito. Mas deu sinais de dar um ponto final à crise. "Vamos desejar paz à Honduras", disse.
Amorim também insistiu que os programas que a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) mantinha como Honduras e que foram suspensos não serão retomados.
"Essa decisão é clara, infelizmente", disse. Amorim não disse quanto tempo mais Zelaya ficaria na embaixada do Brasil e afirmou que não saberia dizer quanto tempo mais o hondurenho precisaria da proteção brasileira.
Amorim ainda esclareceu que nunca usou o termo "hóspede" para classificar a situação de Zelaya. "Ele esteve lá para possibilitar o diálogo. Ele está lá sob nossa proteção", disse. Mais cedo, em uma conferência de imprensa em Genebra com outros ministros, Amorim não respondeu a uma pergunta da imprensa internacional sobre sua avaliação sobre as eleições. Apenas brincou, dizendo que deixaria a questão para ser respondida pela ministra do Comércio da Indonésia, que estava sentada ao seu lado
Um à Parte: msg pessoal trocada entre amigos/compas:
" A situação é simplesmente ridicula, especialmente a posição dos EUA que age com a mão esquerda e por tras como se ninguem estivese sabendo. Por enquanto, somos os latinoamericanos que estamos no ridículo. Mas muito vai ser debatido na cúpola Íbero-Americana. Tudo aponta para um impasse mesmo sobre a legitimidade de qualquer presidente. Essa é a questão de fundo que deve se resolvida. Mas aí há algo muito especial a ser considerado. ..." ( aguardemos).
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