domingo, 13 de dezembro de 2009

Líder do PSDB sob investigação

A segunda fase das investigações sobre a arrecadação e distribuição de propinas no Distrito Federal (DF) tem como alvos principais dois personagens no esquema: o vice-governador Paulo Octávio, do DEM, e o ex-secretário de Obras de Brasília, Márcio Machado, presidente do PSDB de Brasilia.

Responsável pela arrecadação de fundos para a eleição de José Roberto Arruda para o governo do Distrito Federal em 2006, Mracio Machado PSDB seria, segundo informações repassadas ao Ministério Público, o homem encarregado de articular a formação do caixa que seria destinado à campanha do ano que vem.

Sob risco de ser expulso do partido que preside, o PSDB, Machado não dá entrevista,A partir desta segunda-feira, as investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal sobre o esquema de arrecadação e distribuição de propinas envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, vão ganhar um novo rumo. A PF entregará ao ministro Fernando Gonçalves, responsável pelo inquérito, o relatório em que serão detalhados os indícios encontrados durante a execução de 28 mandados de busca e apreensão durante a Operação Caixa de Pandora, desencadeada no dia 28 de novembro.

O relatório vai traduzir o resultado da perícia nos vídeos entregues à PF pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa. O Instituto de Criminalística da PF vai responder se os vídeos e os áudios foram adulterados e se houve edição. As informações preliminares apontam que, embora Durval tenha se gravado, o procedimento obedeceu o padrão correto e imagem e som são autênticos.

Confirmados esses detalhes, as imagens de dinheiro sendo enfiado em cuecas e meias que ganharam o mundo pela internet e na televisão serão consideradas como provas contra os envolvidos no escândalo mais bem registrado na história recente do País. A polícia também vai esclarecer em quais endereços devassados foram encontradas as notas seriadas que integram o volume de R$ 700 mil apreendidos. A possibilidade de identificar o banco onde o dinheiro foi retirado e a pessoa que fez o saque pode fechar o ciclo contra parlamentares e secretários envolvidos e abrir uma nova frente de investigação.

A Operação Caixa de Pandora se originou de uma investigação iniciada há mais de um ano na Procuradoria da República do Distrito Federal. A PF foi acionada pelo MPF somente nos últimos 60 dias. O delegado que cumpre as cotas determinadas pelo ministro Fernando Gonçalves, Alfredo Junqueira vai sugerir, no final do relatório, a quebra do sigilo bancários dos envolvidos, e outras providências que deverão gerar uma segunda ofensiva de investigações. Serão chamados a prestar depoimento todos os suspeitos de participação no esquema, entre eles, o governador José Roberto Arruda, o vice-governador Paulo Octávio e todos os personagens citados por Durval Barbosa no inquérito.

O relatório da PF vai produzir os indícios necessários para que o MPF formalize a denúncia. Os envolvidos deverão ser enquadrados por corrupção passiva e ativa, peculato e formação de quadrilha. As imagens da distribuição de propina e o dinheiro apreendido serão a base das acusações. Já os empresários do setor de informática poderão ser indiciados por corrupção ativa.

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