A Prefeitura de São Paulo botou o bloco na rua para aumentar o IPTU. A Câmara aprovou o projeto do prefeito Gilberto Kassab (DEM) em primeiro turno. Uma segunda votação está marcada para quarta-feira. Se houver nova aprovação, a garfada no contribuinte virá no ano que vem.
Coisas estranhas ocorreram na sessão de quinta-feira. O voto do vereador Domingos Dissei, do DEM, foi a favor do aumento do imposto. Mas ele disse que se enganou e apertou o botão errado. Então, tá.
Votaram a favor do projeto 36 vereadores. Outros 17 foram contra, inclusive o ex-tucano Gabriel Chalita -secretário de Estado da Educação na gestão Geraldo Alckmin (PSDB)-, recém filiado ao PSB. Eliseu Gabriel (PSB) se absteve. Noemi Nonato (PSB) não compareceu.
O fato serve de alerta para a população: todos precisam ficar atentos e avaliar a decisão de cada vereador nessa questão. Guardar essa informação será importante, porque depois esses políticos vão pedir voto de novo. Vale a pena votar em quem aumentou o IPTU? O eleitor julgará.
Na campanha de 2008, Kassab não avisou ninguém de que pretendia aumentar o IPTU. Pelo contrário, cansou de criticar sua adversária, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), por ter criado taxas em sua administração.
Agora é Kassab quem quer aumentar imposto. Imóveis que se valorizaram precisam, decerto, pagar mais, como alega a prefeitura. Mas isso não justifica o aumento da arrecadação municipal, que vai engordar R$ 744 milhões. O prefeito poderia dar um desconto na alíquota do próprio IPTU, ampliar ainda mais as isenções ou diminuir a cobrança do ISS, por exemplo.
Decidiu, entretanto, elevar o orçamento da prefeitura. Na política, cada um faz a escolha que quiser. E arca com as consequências depois. Nas urnas.
Com seu único governador, Arruda, na lama, o prefeito de São Paulo multiplicando o IPTU e as secretarias, e o partido atirando no seu candidato à Presidência, o DEM ameaça sumir do mapa.
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