quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Descaso de Serra / Kassab obriga Patrus a bancar R$ 4 milhões para cadastrar excluídos de SP no Bolsa-família

O ministro do desenvolvimento social Patrus Ananias é mineiro e vive em Brasília, mas conhece mais onde está a pobreza de São Paulo do que a dupla José Serra e Kassab juntos.

A dupla Serra / Kassab mantém distância de pobre. Não sabe onde vivem 134 mil famílias de paulistanos cujos cidadãos vivem com menos de R$ 4,70 por dia.

Essa gente são cidadãos invisíveis para a dupla demo-tucana. Os dois só enxergam quando aparece no Jornal Nacional um alagão de 50 dias, como no Jardim Romano.

Quem paga o Bolsa-família é o governo federal. Quem cadastra são as prefeituras. Os prefeitos, mesmo da oposição, costumam se interessar em cadastrar os necessitados no programa, porque acaba rendendo votos para eles também, ao dar atenção ao cidadão em seus direitos.

Não é o que acontece com Kassab e com Serra (foi prefeito até 2006, e já poderia ter cadastrado todo mundo desde 2004).

A estimativa de famílias com renda mensal per capita de até R$ 140,00 – critério para inclusão no Bolsa-família – aponta a existência de 327.188 famílias com esse perfil no Município de São Paulo. Estão sendo atendidas apenas cerca de 170 mil famílias.

Vergonha: Patrus tem que bancar o cadastramento com R$ 4 milhões, senão Kassab não faz

Como a população mais pobre, com risco até de desnutrição, não pode sofrer por conta do descaso demo-tucano, o ministro Patrus Ananias vai repassar R$ 4 milhões à Prefeitura de São Paulo, para financiar o cadastramento de cerca de 134 mil famílias.

A primeira parcela no valor de R$ 1,330 milhão foi repassada à capital paulista em 30 de dezembro de 2009.

É revoltante ver a prefeitura mais rica do Brasil, com mais funcionários, não ter competência nem para fazer um cadastro burocrático de um programa social que ela não paga nada, e ainda precisa sangrar R$ 4 milhões do orçamento do ministério que combate a pobreza, para esse cadastro sair.

Mais revoltante é saber que verbas para publicidade da prefeitura aumentaram este ano.

Mas, enfim, aqui não é a China, onde isso daria cadeia, e os necessitados não podem esperar de barriga vazia o mandato demo-tucano acabar.

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