sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Ausência de Lula cai como ducha de água fria em Davos

A ausência do Presidente Lula veio como uma ducha de água fria em Davos, na manhã desta quinta-feira, 28, já bastante gelada pela quantidade de neve que cai sobre o resort de esqui suíço. Era grande a expectativa em torno da participação do presidente brasileiro, que receberia o prêmio de "Estadista Global" na sexta-feira, 29, a primeira edição da homenagem criada pelo Fórum Econômico Mundial.

Uma mistura de surpresa, decepção e preocupação com a saúde de Lula surgiu como reação dos participantes do evento. Lula seria a principal atração do evento, diz uma reportagem do jornal o Estado de São Paulo.

"Que pena, todo mundo está interessado no Brasil ", afirmou o vice-presidente do Deutsche Bank Group e ex-vice-ministro da Alemanha, Caio Koch-Weser. Ele contou que conversou com Lula logo após sua eleição, em 2002, e o aconselhou a vir a Davos, o que realmente ocorreu em 2003. "Seria uma grande oportunidade para ele fazer um relatório sobre o Brasil."

O economista-chefe do HSBC, Stephen King, avalia que existia forte expectativa sobre o discurso do Presidente Lula e sua ausência será sentida pelos participantes do evento. "Ele é uma estrela, é claro que fará falta."

A notícia sobre o cancelamento era assunto entre os empresários brasileiros presentes, como Luiz Fernando Furlan, presidente do conselho de administração da Brasil Foods, e Ricardo Villela Marino, do conselho do Itaú Unibanco. Furlan contou que conversou com Lula sobre a viagem a Davos quando o presidente estava de férias na Bahia. "Ele me disse que faria um relatório das coisas que falou aqui em 2003 e do que ele fez."

Até há pouco a participação de Lula não havia sido cancelada oficialmente, segundo a organização do evento - que por esse motivo ainda não se manifestou. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, vai representar Lula em Davos.

Da Agência Estado

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