Uma das comunidades que integra a Colônia Juliano Moreira em Curicica, zona oeste da capital fluminense, receberá nesta segunda-feira (25) uma creche com capacidade para atender a 120 crianças, uma praça com brinquedos, quadra poliesportiva, um campo de futebol, além de obras de infraestrutura. As obras foram feitas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e serão inauguradas pelo Presidente Lula.
Os investimentos na comunidade Entre Rios atenderão cerca de 2 mil famílias e somam R$ 17 milhões, entre recursos do governo federal e municipal, que investem também em infraestrutura na pequena vila. Há construção de redes de abastecimento de água e coleta de esgoto, pavimentação de becos, vielas e ruas, iluminação pública, regularização fundiária do terreno e ainda canalização dos rios Engenho Novo e Areal.
Entre Rios é a primeira comunidade da colônia a ter obras do PAC inauguradas. No local, os governos também investem mais R$ 100 milhões na urbanização das vilas e na construção de 600 casas para atender aos moradores de Vila Arco-Íris, Vale do Ipê, Área Verde, Antiga Creche, Vilas André Rocha, Parque dos Irmãos e Curicica.
“Esse era um dos projetos prioritários do PAC. Vinha sendo elaborado há cerca de dez anos. A área [da colônia] é imensa, com ocupação diversificada, desordenada. No local há os antigos pavilhões de tratamento de doentes mentais, construções irregulares e área de preservação ambiental. Muitos problemas”, explicou o ministro das Cidades, Márcio Fortes, em entrevista.
Criada na década de 1920 para receber pessoas com problemas psiquiátricos, a Colônia Juliano Moreira tem 77 quilômetros quadrados divididos em seis setores. Estimativas apontam que mais de 5 mil pacientes foram atendido no local, entre os quais o artista plástico Bispo do Rosário, que morreu na instituição em 1989. Para preservar a história do lugar e o patrimônio arquitetônico, que conta com igreja e aqueduto, o PAC também prevê a criação de um centro histórico.
Situada em antigas terras da Fazenda Engenho Novo, a colônia foi invadida ao longo dos anos e hoje conta com 20 mil moradores espalhados até em áreas de preservação da Mata Atlântica. Cerca de 400 são pacientes e ex-funcionários residentes, com mais de 70 anos. Na década de 1980, a instituição deixou de aceitar internações de longo prazo e encerrou tratamentos de eletrochoque e lobotomia, por exemplo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será avaliado pelo moderador, para que se possa ser divulgada. Palavras torpes, agressão moral e verbal, entre outras atitudes não serão aceitas.