domingo, 14 de fevereiro de 2010

FHC: falsas previsões, vãs ameaças



O grão-mor tucano, ex-presidente Fernando Henrique Cardoso continua ativo. Agora, em entrevista publicada no jornal americano "The Miami Herald" classifica a ministra Dilma Rousseff, candidata do presidente Lula, do PT e aliados ao Planalto, como uma pessoa "dura, autoritária", "dogmática" e mais próxima da esquerda do que o presidente Lula.

No desempenho de seu papel de líder da campanha eleitoral da oposição, FHC concorda que é previsível Dilma subir nas pesquisas de opinião e na justificativa de sua previsão acusa: "o presidente Lula acelerou o início de sua campanha e a oposição ainda não escolheu oficialmente seu candidato".

Mas, tranquiliza aliados adiantando que "as coisas irão mudar" quando os eleitores forem às urnas, devido à "falta de experiência" da ministra em cargos eletivos. "Não acho que Dilma seria assim [como Lula], porque ela é mais - talvez isso seja um pouco duro - dogmática. Ela tem uma visão ultrapassada, a favor de uma maior interferência do Estado", disse FHC, segundo o jornal norte-americano.

O ex-presidente diz, ainda, que "o coração de Dilma é mais próximo à esquerda" e, sempre na linha das previsões e ameaças assinala que eleita "provavelmente" poderia se aproximar do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mas que a existência de "instituições fortes" no Brasil serviria de "contrapeso" .

FHC traz de volta o anticomunismo e o maccartismo

Como vemos, o ex-presidente faz suas apostas. Insiste que o presidente Lula antecipou a campanha e esconde da opinião pública que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB) é candidato e está em campanha.

Basta ver a propaganda em redes nacionais de TV da SABESP (a estatal de saneameno do governo de paulista) em todo país, apesar da falta d’água nas torneiras dos paulistanos - 750 mil moradores da capital ficaram sem água quase uma semana por causa do rompimento de uma adutora.

FHC tenta "vender" nos Estados Unidos e para o público Europeu, que Dilma é estatista na economia, num momento que o Estado acaba de salvar o capitalismo (ajudando a maioria dos países a sair do pior da crise) e agora socorre a Grécia de um default.

Acena com o perigo Chávez, bem ao estilo autoritário e reacionário que lembra o anticomunismo ou o maccartismo de triste memória. O ex-presidente presta, assim, um desserviço à sua própria biografia, o que apenas revela o desespero dele e da oposição e a falta total de ideias e propostas de ambos para o Brasil.

De Zé Dirceu

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