sábado, 17 de outubro de 2009

Educação debate homofobia e discriminação nas escolas

A discriminação por orientação sexual na escola e as iniciativas possíveis para preparar os profissionais da educação para lidar com a diversidade sexual são os principais temas da audiência pública sugerida pelos deputados petistas Fátima Bezerra (RN), Iran Barbosa (SE) e Carlos Abicalil (MT). A audiência será realizada pelas comissões de Educação e Cultura e de Legislação Participativa, no dia 22, a partir das 9h, no Plenário 3 da Câmara dos Deputados.
A deputada Fátima Bezerra afirmou que várias pesquisas demonstram um alto índice de preconceito contra homossexuais nas escolas. Segundo ela, essa situação resulta na evasão escolar e causa prejuízos psicológicos às vítimas. "A escola é um lugar privilegiado para promover a cultura de respeito às diferenças, à diversidade e de inclusão social, rumo a uma verdadeira democracia em que todos os cidadãos e todas as cidadãs possam conviver com igualdade e sem discriminação. O papel da escola e do profissional de educação nesse processo é fundamental" , disse.
Pesquisas - O estudo "Revelando Tramas, Descobrindo Segredos: Violência e Convivência nas Escolas", publicado em 2009 pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, aponta que 63,1% dos entrevistados em uma escola alegam já ter visto pessoas que são (ou são tidas como) homossexuais sofrerem preconceito. Além disso, mais da metade dos professores também afirmam já terem presenciado cenas discriminatórias contra homossexuais nas escolas, e 44,4% dos meninos e 15% das meninas afirmam que não gostariam de ter colega homossexual na sala de aula.
Outra pesquisa, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e também publicada em 2009, revela que 87,3% dos entrevistados têm preconceito com relação à orientação sexual. A Fundação Perseu Abramo publicou, em 2009, a pesquisa "Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil: intolerância e respeito às diferenças sexuais". O resultado mostra que 92% da população reconhecem e declaram o próprio preconceito contra LGBT, percentual este cinco vezes maior que o preconceito contra negros e idosos, também identificado pela Fundação.

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