terça-feira, 6 de outubro de 2009

Por que os analfabetos políticos não toleram o sucesso do Brasil

O governo golpista está derretendo em Honduras, a comunidade internacional alinha-se ao lado do Itamaraty, mas eles continuam apostando em Micheletti e dizendo que Lula “entrou numa fria”. Enquanto isto, Serra tira definitivamente a máscara e chama ação brasileira de “tremenda trapalhada”.
Nosso objetivo, hoje, é tentar compreender o comportamento desconcertante de figuras famosas do jornalismo, como Ricardo Noblat, Diogo Mainardi José Nêumanni Pinto, Alexandre Garcia, Míriam Leitão, Merval Pereira e outros menos votados. A pergunta é simples: O que faz profissionais competentes, dotados até de um texto gracioso, se comportem como legítimos analfabetos políticos e não conseguirem enxergar a realidade simples? Por educação, vamos excluir da resposta a desonestidade e o servilismos, embora os beletristas globais tenham adquirido o inusitado hábito de se referir aos patrões como “companheiros de trabalho”. Não me consta que isto ocorra em qualquer outra parte do mundo. Por fim, como a resposta é longa, vamos subdividi-la em itens. Então:

1- É característica essencial do analfabeto político (uma criação imortal de Bertold Bertcht) ver a política apenas como mero repositório de corruptos e oportunistas . Por isso ele não se engaja, torna-se cínico, cético e , dependendo do grau de educação, eventualmente irônico.

2- A função maior da mídia capitalista é apontar na direção errada, desinformar através de um descomunal sortimento de dados descontextualizados . Por isto ela se transforma numa gigantesca usina de analfabetismo político. E, com isto, cria-se um axioma implícito. Fica parecendo que não há alternativas ao atual modo de produção e oculta-se sua inerência destrutiva, da Natureza e do próprio homem.

3- Desde a colônia, as elites ensinam seus rebentos, de pai para filho, que o Brasil não é um pais sério. Mesmo pardas (veja o caso do “companheiro” Roberto Matinho), elas imaginam-se alvas. Ontem, faziam biquinho para arranhar um francês maroto, hoje intercalam um inglês a cada duas palavras portuguesas. Convenceram- se de que o bom é o que vem de fora. Gostariam de ver todos os dias, diante do espelho, um Kennedy e horrorizam-se por que vêem um Lula. Daí o ódio feroz, incontrolável.

4- Então, quando o Brasil tornar-se protagonista da cena mundial pela mão de um nordestino atarracado e pouco letrado, isto representa uma visão absolutamente insuportável para a elite tacanha. Ela não suporta ver e efetivamente não vê que Lula é o político mais popular do mundo e não vê que em Honduras o Brasil dá uma aula prática de democracia e o Itamaraty exibe sua tradicional competência.

5- É a soma de tudo isto que faz com que Noblat, um analfabeto político irremediável, diga, como disse ainda ontem pela enésima vez, que o presidente da República “é um bobo”, sem percebe, coitado, que ele, sim, é um consumado bobo da Corte Global.

6- E é a soma de tudo isto que faz com que Willian Waack, o mais novo analfabeto político da praça, tenha afirmado, ontem à noite na Globo, que o Brasil não sabe como sair da situação em que se meteu, em Honduras.

Nos artigos imediatamente anteriores a este você encontrará logo aí em baixo, todo o histórico do envolvimento do Brasil na crise hondurenha. Chamo sua atenção para um documento inédito inserido nestes artigos, demonstrando que atual política de contenção da hegemonia norte-americana no Continente, longe de ser uma improvisação, foi planejada e vem sendo executa com proficiência desde o primeiro mandato de Lula.

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