quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A esquerda doidivanas delira, desprezando a verdade factual

Todo repórter deve fidelidade canina à verdade factual. Essa verdade está acima de conveniências conjunturais ou políticas. Fato: houve um blecaute total ou parcial em 18 estados brasileiros. Houve especulações sobre se o sistema elétrico brasileiro teria sido vítima de um ataque de hackers, o que o próprio governo descarta. Fato: o governo diz que tempestades elétricas afetaram três redes distintas de transmissão de energia, que provocaram o blecaute. Teria sido, portanto, um "acidente".
A questão é saber se o Brasil pode conviver com blecautes periódicos, causados por "acidentes". Se sim, deixemos como está. Se não, há de se aperfeiçoar o sistema de gerenciamento. Simples assim.
A propósito, diga-se que a situação de hoje não se compara à do blecaute de 1999, quando o sistema elétrico brasileiro estava sucateado. Tanto que, em 2001 e 2002, tivemos o racionamento de energia. Desde então, o Brasil investiu em geração de energia e em linhas de transmissão. O sistema hidrelétrico brasileiro não está sucateado. Pelo contrário, ele se tornou modelo para outros países do mundo. Tem a grande vantagem, por ser integrado, de permitir que as diferentes regiões do país troquem energia. Nesse sistema, está embutido o risco dos dominós: se um cai, outros podem cair.
Para não confundir as coisas, seria importante que setores da esquerda brasileira deixassem de ter uma reação típica de avestruz, daquele bicho que enfia a cabeça na areia e joga a culpa nos outros. Que sai gritando conspiração!!! É preciso aceitar as responsabilidades de quem é governo, sem recorrer a desculpas mentirosas e contraproducentes.
Entre 1999 e 2009 o mundo mudou. Hoje somos muito mais dependentes da energia elétrica do que no passado. É apenas natural que a população cobre explicações hoje até mais do que no passado. Até porque as tarifas de energia elétrica no Brasil estão entre as mais caras do mundo. Se pretendemos cobrar da mídia corporativa respeito à verdade factual, devemos ser os primeiros a fazê-lo.

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