Pelo jeito a Folha de São Paulo está pedindo um aumento de verbas publicitárias ao chefão José Serra.
Até a Folha "deixou escapar" esta nota de Mônica Bergamo:
NUNCA MAIS
Em conversa recente com empresários, Aécio Neves (PSDB-MG), cada vez mais empenhado em convencê-los de que teria mais condições de governabilidade na Presidência da República do que José Serra, insinuou que, se o tucano paulista ganhar as eleições de 2010, “o governo pode parar”. Tudo por causa da radicalização do PT e dos movimentos sociais. “E aí vai ser aquela saudade imensa [do presidente Lula]. Em quatro anos, ele [Lula] volta e nós nunca mais ganhamos as eleições neste país.”
O PSDB está irremediavelmente rachado. Aécio quer se consolidar como liderança nacional, e não está interessado na eleição de Serra. Se ganhasse 2010 seria loteria. Se não ganhar, torna-se nacionalmente conhecido e forte candidato em 2014 ou 2018.
Se o candidato for Serra, Aécio será candidato ao Senado, e dará o mesmo tipo de apoio à Serra que deu a Alckmin em 2006. Não fará oposição à Dilma, uma mineira, para jogar todo seu prestígio na derrota de um candidato paulista.
Por outro lado, se Aécio for candidato, Serra também cuidará se sua própria candidatura a reeleição, e não vê com bons olhos perder o controle e comando do PSDB para Aécio.
Por outro lado, grande parte do poder econômico paulista, tucanos pragmáticos em busca de salvar sua própria pele, pensam que seria mais seguro José Serra candidatar-se à reeleição de governador. O PSDB perderá o Rio Grande do Sul, deve perder Minas ou para o PT ou PMDB, e tem perspectivas de vitória em poucos estados.
O candidato tucano, seja qual for, caminha para repetir o papel de Alckmin em 2006: um candidato marcado para perder pelos seus próprios correligionários.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
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