terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Mais um crime de racismo. A Globo não mostra? Nem comenta?

Três estudantes de Medicina de uma faculdade particular de Ribeirão Preto, no interior paulista, acusados de racismo contra um trabalhador de 55 anos, foram soltos no sábado à noite. Os advogados de defesa conseguiram a liberdade provisória concedida pelo juiz plantonista Ricardo Braga Montesserat. O trio foi autuado em flagrante por racismo, crime inafiançável e que prevê pena de um a três anos de prisão. Emílio Pechulo Ederson, de 20 anos, Felipe Grion Trevisani, de 21, e Abrahão Afiune Júnior, de 19, foram presos suspeitos de agredir Geraldo Garcia, que seguia de bicicleta para o trabalho no início da manhã de sábado. De carro, os jovens se aproximaram e um deles teria desferido um golpe nas costas de Garcia, com um tapete enrolado, e gritando “negro”. Segundo testemunhas, os três teriam vibrado com a ação. Dois vigilantes que tinham saído de um evento e testemunharam o ocorrido seguiram e detiveram os estudantes numa avenida próxima. A Polícia Militar (PM) os levou ao 1º Plantão Policial. A defesa alegou que não houve agressão nem conotação racial para que os três jovens ficassem presos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo".

Assim como muiatas pesoas e comapanheiros blogueiros, o BRASIL VERDADE repudia a decisão do juiz Ricardo Braga Montesserat de liberar o trio de racistas, ao que tudo indica formado por filhinhos-de-papai que se julgam superiores por serem brancos e ricos. A defesa tem todo o direito de alegar que não houve agressão ou conotação racial no ato dos rapazes. Este, afinal, é o papel do advogado de defesa. O papel deplorável coube ao juiz plantonista, conhecedor da lei e do que representa o crime inafiançável. Não houve sequer fiança - o que me leva à suposição de que o Sr. Ricardo Braga Montesserat não vê gravidade na agressão de um senhor de 55 anos, um trabalhador brasileiro, não por acaso um negro, a caminho do trabalho. Posso apostar que não teria sido esta a decisão do juiz se, por ventura, o agressor fosse o homem da bicicleta. A decisão pode até me revoltar, mas não me surpreende em nada. No futuro, os agressores do negro também estarão ocupando altos cargos na profissão que escolheram. E acharão natural que os pobres morram nas filas dos hospitais públicos porque não possuem plano de saúde.

Fazendo minha, as palavras de Bruno Ribeiro

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