O PSDB reuniu 51 dos 57 integrantes da bancada do partido na Câmara dos Deputados, no mesmo horário em que era lida a mensagem do Executivo no Congresso, e decidiu adotar uma ação política mais agressiva, que inclui o bloqueio a projetos de interesse do povo brasileiro como o marco regulatório para a exploração do petróleo nas camadas pré-sal do litoral brasileiro. O encontro dos tucanos traçou a estratégia de atuação do partido para este ano.Segundo o jornal Folha de São Paulo (para assinantes), os Tucanos se reúnem à procura de discurso.
Organizado pelo novo líder, João Almeida (BA), o encontro decidiu que, além do discurso mais agressivo com ataques ao Presidente e a ministra Dilma, os tucanos deverão barrar o andamento de projetos que sejam de interesse do governo -leia-se, importante para o desenvolvimento do Brasil e os cidadãos brasileiros-, como o pré-sal, e atacar os temas eleitorais pontualmente, além de apoiar as votações que tiverem nítido interesse público, como o projeto da Ficha Limpa.
"A bancada precisa ter um discurso mais unificado e repetitivo. Vamos tocar nos pontos principais, como o aparelhamento do Estado, defesa das nossas conquistas, da democracia", disse Almeida.
Para prejudicar o Presidente Lula, os tucanos avaliaram que o pré-sal não deve ser apreciado a partir de 2011, ano não-eleitoral.Houve ainda a determinação para que os tucanos se articulem para ocupar todos os espaços disponíveis na Câmara e fazer deles um posto de batalha contra os governistas. Por exemplo, todas as comissões devem ter pelo menos um deputado do PSDB. Além disso, determinou-se que seja feito um revezamento nos discursos em plenário, de forma que qualquer iniciativa governista, na Casa ou fora dela, receba prontamente uma resposta da oposição.
O objetivo do evento foi permitir aos tucanos afinar o discurso e se organizar para o ano eleitoral. Isso porque há um sentimento no bloco formado pelo PSDB, DEM e PPS de que a oposição ficou desorientada na maior parte do governo Lula, em especial durante o segundo mandato.
As conversas se iniciaram ao redor das 11h, ao mesmo tempo em que os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e o vice-presidente José Alencar chegavam ao Congresso para entregar a mensagem do Presidente Lula.
E o ataque já começou. Em suas últimas horas como líder do DEM, o deputado Ronaldo Caiado (GO) foi um dos oposicionistas que criticaram a mensagem de Lula e a intenção do Palácio do Planalto de aprovar o pré-sal neste semestre.
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