domingo, 22 de novembro de 2009

Público superlota teatro e se emociona com filme sobre Lula

A primeira exibição pública do filme Lula, o filho do Brasil emocionou na noite passada a plateia que superlotou o Teatro Nacional, na abertura do 42° Festival de Cinema de Brasília. Aplaudida de pé, a versão do diretor Fábio Barreto para o livro de Denise Paraná uniu ministros e ex-ministros, parlamentares e artistas que não se importaram de dividir até as escadarias do auditório que tem capacidade para 1.320 pessoas sentadas.

O presidente Lula preferiu evitar a estreia. Vai marcar uma sessão com a família. A primeira-dama, Marisa Letícia, acompanhou a sessão ao lado de amigas no meio da plateia, posou para fotos com os atores, mas saiu sem dizer se gostou do filme. O público reagiu com gargalhadas quando a cena mostrou um Lula insistente para que a jovem Marisa aceitasse namorá-lo.
Em quase duas horas, a plateia conheceu detalhes da vida de Lula antes de que concorresse pela primeira vez, em 1989, à Presidência da República. Da viagem de 13 dias em pau-de-arara, do interior de Pernambuco para Santos, até o auge como líder sindical dos metalúrgicos do ABC, o filme tenta mostrar a mãe, dona Lindu, como a figura inspiradora do sucesso de Lula. O principal conselho da mulher que criou oito filhos sozinha foi para que ele teimasse. E ele teimou.
O filme termina sem retratar a criação do Partido dos Trabalhadores nem detalhar o caminho que levou Lula à Presidência da República, mas mostra imagens do dia da posse – 1º de janeiro de 2003 – e trechos do discurso em que ele dedicou o diploma de presidente da República à mãe, que já se orgulhara muito do diploma de torneiro mecânico.
A sessão de abertura do Festival foi marcada por críticas apenas sobre a organização do evento. O diretor do filme, Fábio Barreto, reclamou da superlotação do teatro alertando para o risco de as pessoas sentarem nas escadas de circulação. Barreto também reclamou que não houve lugar reservado para os atores que fizeram os papéis principais.
A atriz Glória Pires, que interpretou a mãe de Lula, confessou que teve dúvidas antes de aceitar o convite para viver dona Lindu no cinema.“Eu fiquei com medo de ser um filme político, mas quando li o roteiro e entendi a proposta fiquei muito feliz de interpretar uma mulher forte e determinada”.
Antes da apresentação, a orquestra sinfônica do Teatro Nacional executou músicas de Luiz Gonzaga, como Asa Branca, introduzindo o clima de sertão retratado no início do filme.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, foi um dos que saíram satisfeitos com a obra. Segundo Haddad, as críticas da oposição sobre intenções eleitorais na estreia do filme, em janeiro de 2010, não tem fundamento. “Eu gostei bastante. Foi muito bem feito. Retrata bem as histórias que eu ouço ele contar da vida dele nas reuniões. Ele tem o hábito de contar essas histórias quando está entre amigos. Eu acho difícil o presidente Lula ter mais popularidade do que já tem em função do filme”, disse.
A estreia de Lula, o filho do Brasil no circuito comercial será em 1° de janeiro.

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