Num dos depoimentos prestados ao Ministério Público Federal, o corretor Lúcio Funaro se esqueceu momentaneamente das transações do mensalão e deu informações que comprometeriam o Judiciário.
Ele revelou ter sido procurado por um representante de um desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, em São Paulo.Esse emissário propôs um pagamento de R$ 300 mil, em troca de uma liminar que interessava a Funaro.
Tratava-se de um processo da Receita Federal contra o corretor. Ele teria pagado a quantia em espécie; de fato, a liminar foi concedida a seu favor, em dezembro de 2004.
Segundo o corretor, uma decisão contrária a ele o obrigaria a pagar R$ 6 milhões ao Fisco. No entanto, a Receita Federal recorreu da decisão e, em janeiro, durante o plantão de férias, outro desembargador teria cassado a liminar. Funaro contou que foi se queixar ao emissário do magistrado. Queria o dinheiro de volta, ou uma nova liminar. No entanto, o preposto teria dito a Funaro que o magistrado não poderia fazer nada naquele momento para reverter a situação, porque ficaria “muito exposto”.
O dinheiro, segundo Funaro, não foi devolvido.
Procurada pelo Globo, a assessoria de imprensa do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região não comentou o assunto.
Do Globo
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