domingo, 7 de março de 2010

Serra morre de medo de Alckmin fazer campanha contra ele

A relação de Alckmin (PSDB/SP) e José Serra (PSDB/SP) já virou: "inimigos, inimigos, negócios à parte".

Por isso, Serra morre de medo de sair candidato a presidente, com Alckmin candidato a governador por seu partido.

Em 2006, Serra fez campanha para si a governador, e fez corpo-mole para Alckmin a presidente.

Em 2008, Serra simplesmente atropelou a candidatura de Alckmin para a prefeitura de São Paulo, apoiando Kassab (DEMos/SP).

Com isso os dois tornaram-se inimigos. Não impede que estejam aliados por verem vantagens mútuas, tanto é que Alckmin virou secretário estadual no governo Serra. E Serra vê Alckmin como "bom de voto" para manter um palanque forte em São Paulo que contenha o avanço de Dilma no eleitorado paulista.

Mas imaginem, a partir de 2 abril, o seguinte cenário:

Serra candidato demo-tucano a presidente, e Alckmin candidato demo-tucano a governador.

Durante a campanha, Alckmin sofrerá forte cobrança no âmbito estadual pelos alagões, pelo falta de limpeza do Rio Tietê e pela perda da obra bilionária da obra de aprofundamento da calha do rio. Em cada cidade do interior e da grande São Paulo que visitar, será cobrado pelo cinturão de pedágios abusivos que cerca várias cidades. Será cobrado pela insegurança pública, pelos escândalos de corrupção na secretaria de segurança pública, pelo arrocho de impostos promovido por Serra através da substituição tributária, pela gastança em publicidade da SABESP, pela corrupção na Suíça do caso ALSTOM, pelo metrô lotado e o trânsito caótico, pelas altas tarifas da passagem de ônibus, etc, etc, etc.

Essas cobranças serão repetidos nos debates, no horário eleitoral gratuíto.

Adivinhem em quem Alckmin colocará a culpa? Independente de ser verdade ou mentira (porque os dois tem culpa de quase tudo), não tenham dúvida que Alckmin colocará a culpa em Serra, e dirá que no tempo dele não era assim ... e isso tira votos de Serra.

É mais um ingrediente nos motivos pelo qual Serra reluta em oficializar a candidatura presidencial, prorrogando a decisão definitiva para o final de março, quando o prazo se esgota.

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