quarta-feira, 17 de março de 2010

Dias, na Carta: em 1979, ingleses já sabiam que Lula ia longe. A FIESP, não


Vidigal: essa elite paulista enxerga longe

Na sempre imperdível coluna de Mauricio Dias, na Carta Capital, lê-se :

“Profetas, quase. Documentos reservados liberados na Inglaterra revelam que a liderança de Lula em 1979 já tinha amplo registro.”

Dizia o cônsul inglês em São Paulo, em março de 1979:

“Não há dúvida de que Lula está escrevendo um novo capítulo na história do sindicalismo brasileiro…”
“Já comentei sobre a falta de um novo líder, jovem, de credibilidade e popular … capaz de entrar em sintonia com a realidade do novo Brasil e com a aspiração de um novo povo. Essa figura pode ser Lula e não se podem excluir as hipóteses de ele ser tentado a assumir esse papel.”

Em novembro de 1979, há um novo registro do consulado inglês em São Paulo:

“… Segundo o senhor (Luis Eulálio de Bueno) Vidigal (Filho, presidente da FIESP), Lula cometeu um grande erro entrando na política. Não tem a mínima chance de sucesso e terminará devorado pelos velhos tubarões da política…”

Diz Mauricio Dias: “Devorado pelo mercado, o empresário faliu em 1993. Em 2002, o metalúrgico engoliu os adversários e virou Presidente da República”.

Em tempo: não percam a reportagem de Luiz Antonio Cintra sobre o papel sinistro do PiG (*), que ficou do lado dos americanos, depois que a organização Mundial do Comércio, num julgamento de SETE anos, deu vitória ao Brasil num processo contra os subsídios americanos ao algodão.

(*)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

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