A campanha presidencial nem começou oficialmente e já está muito divertida. A oposição, cada vez mais desmoralizada com a demora em assumir José Serra como candidato, recebeu como uma punhalada os números da última pesquisa do Datafolha.
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Com o crescimento acachapante de Dilma Rousseff, acenderam-se as luzes de emergência na cúpula do PSDB. Há quem diga que estão sendo incansáveis os esforços para convencer Aécio Neves a sair como vice na chapa de Serra – o que, em tese, poderia alavancar a candidatura da direita, estagnada na margem dos 30% há pelo menos um ano.
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Sendo jornalista e conhecendo os bastidores das redações, afirmo que a situação tucana é ainda mais crítica do que revelou a Folha de S. Paulo. O jornal omitiu informações relevantes para a análise do quadro atual: na declaração espontânea de voto – que é aquela que realmente importa – Dilma aparece com 10% contra 7% de Serra.
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Não precisa ser nenhum especialista no assunto para antever que Dilma deverá crescer ainda mais a partir do momento em que a campanha ganhar as ruas e Lula se licenciar da presidência (anotem esta previsão) para poder acompanhá-la nos palanques.
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Sem saber como sair do banho-maria em que mergulhou com sua indefinição, a oposição deverá começar a bater abaixo da linha da cintura. E, o que é mais irônico, a defender projetos do governo como se fossem seus e a colocar o PT como contrário às políticas sociais. Como bater no Bolsa Família vinha surtindo o efeito contrário... O Globo estampou a seguinte manchete no início da semana. Acreditem se quiser:
A crise moral da imprensa conduz os jornais à esquizofrenia.
De Bruno Ribeiro
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