Estado e BNDES investem mais de R$ 100 milhões em projetos da Embasa

Mais de 760 mil hidrômetros serão adquiridos e instalados pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) nas áreas de concessão no estado, numa ação para atualizar o parque hidrométrico da companhia, além da implantação do Sistema Integrado de Gestão Empresarial, que permitirá a integração sistêmica de todos os departamentos da empresa.

A Embasa dá andamento às ações com a assinatura de contrato entre o Estado e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nesta quarta-feira (5), na governadoria, Centro Administrativo da Bahia (CAB).

O contrato oficializado pelo governador Jaques Wagner disponibiliza um montante de R$ 100,5 milhões, sendo R$ 80,4 milhões provenientes do BNDES e R$ 20,1 milhões do Estado. É a primeira vez que um agente financiador viabiliza recursos para a Embasa em troca de debêntures, documento que assegura o pagamento das parcelas do empréstimo com data pré-definida ao banco. A iniciativa é resultado da boa situação financeira da empresa junto ao mercado.

“Empresa pública, com saúde financeira, que é coroada pelo financiamento pela via de debêntures, que é uma maneira confortável de tomar esse dinheiro. É uma resposta para aqueles que diziam que tudo que é público não funciona. Portanto, é um círculo virtuoso, trabalharam bem, tão colhendo os frutos”, avalia o governador Jaques Wagner.

Orçado em R$ 63,5 milhões, o projeto de aquisição e instalação dos hidrômetros - instrumento de medição volumétrica de água - vai garantir a substituição de mais de 492,6 mil equipamentos e a instalação de outros 270 mil para novas ligações e para outras já existentes, mas que atualmente não são medidas. O hidrômetro ou contador de água é utilizado em larga escala pelas empresas de saneamento básico para medir o consumo dos seus clientes, assegurando a emissão das contas de acordo com o volume consumido. O equipamento estima as perdas entre produção e a distribuição de água.

Embasa investe no aprimoramento da gestão

O presidente da Embasa, Abelardo Oliveira, afirma que os recursos não serão destinados apenas a obras, pois nessa área já estão sendo investidos R$ 2,6 bilhões, mas também no aprimoramento da gestão, na melhoria da governança corporativa e no desenvolvimento institucional da empresa.

Abelardo salientou ainda que a implantação do sistema integrado coloca a Embasa como a terceira companhia de saneamento do Brasil. “Estamos pensando estrategicamente a empresa para o futuro. Se houver decisão do governador de abrir o capital, esse instrumento vai alinhar todos os departamentos da companhia. O nosso parque de hidrômetros vai ser renovado. Um hidrômetro novo dá segurança na mediação, portanto, vai beneficiar o consumidor”, ressalta.

Já o projeto do sistema integrado está orçado em R$ 37 milhões. A tecnologia permite melhor controle das informações da empresa, agilidade nas decisões gerenciais, redução de custos, otimização do esforço dos profissionais, dentre outros avanços na gestão. A solução evita duplicidade e inconsistência de dados e eleva o nível de confiabilidade das informações.

De acordo com a Embasa, o aporte vai financiar a aquisição de softwares, serviços de consultoria para implementação, instalação, análise e adequação de processos, gestão da mudança organizacional, parametrização, customização, integração com outros sistemas, migração de dados, testes, implantação em produção, operação inicial assistida, manutenção, garantia e treinamento dos empregados no uso, operação e administração do sistema.

Segundo o chefe de Departamento Regional Nordeste do BNDES, Paulo Ferraz Guimarães, a instituição tem como prioridade não só o desenvolvimento econômico, mas também o desenvolvimento social. “A assinatura diz respeito a um investimento social, ou seja, que busca um desenvolvimento que envolva o fomento às empresas e forneça condições de infraestrutura para a população baiana”.