sábado, 23 de janeiro de 2010

Corrupção até no TCU

Relatório final da Polícia Federal elaborado durante a Operação Castelo de Areia aponta indícios de interferência de Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União, para liberar obras da eclusa do Tucuruí (PA), tocada pela empreiteira Camargo Corrêa. O nome dele aparece em manuscritos apreendidos na sala de um executivo da empreiteira. Os papéis se referem à negociação de um aditivo de R$ 155 milhões pagos à empresa. Cita também o diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, e o PP -partido ao qual Nardes era filiado quando deputado federal.No caso de Pagot, aparece grifado o termo "compromisso", estipulando o valor de R$ 500 mil.

Sobre o ministro, conclui o relatório: "Não é só à obra do Tucuruí que o nome de Nardes aparece atrelado". Na sequência, ele é mencionado como responsável pelo acórdão que permitiu repasses às obras do Rodoanel, também via Dnit, "apesar das irregularidades apontadas pela equipe técnica do TCU".



O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP) pediu a diferentes autoridades a investigação em 14 obras da Camargo Corrêa que teriam relação com o pagamento de propina. Entre as obras estão a Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo e o Rodoanel.

O MPF informou que as obras sob suspeita são mencionadas em planilhas e outros documentos apreendidos pela Polícia Federal, em maio deste ano, na construtora e com os diretores da empresa.

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