O pré candidato José Serra ficou numa situação perigosa depois da divulgação da pesquisa de intenção de voto do DataFolha. Ele caiu cinco pontos, viu sua adversária, Dilma Roussef subir cinco pontos. A distância entre eles agora é milimétrica, quatro pontos. Mauro Paulino, diretor do Datafolha diz que nao está tecnicamente correto dizer que eles estão empatados, mas convenhamos isso é um quase empate.
Um dado ainda pior para os tucanos é o que está no texto do Fernando Rodrigues: "Na pesquisa espontânea Dilma chegou a 10% ( a mesma taxa de Lula) contra 7% do Serra".
Outra má notícia para os tucanos é que 14% dizem que gostariam de votar no candidato apontado por Lula mas ainda não sabem qual é. Ao todo, 42% dizem que votam no candidato de Lula.
A notícia é toda ruim para o PSDB porque a intenção de voto caiu mais onde a popularidade de Lula é maior, mas caiu também nos redutos tucanos.
Ou seja, fracassou a estratégia escolhida por Serra de em vez de tucano se fazer de avestruz. Serra não assumiu a candidatura, não montou uma máquina de campanha, e assim, fingindo não ser candidato, apesar de ser, ele enfrentou os problemas urbanos de São Paulo criados pelo excesso de chuvas dos últimos meses.
Enquanto isso, sua principal adversária era levada pelo presidente Lula para todos os eventos possíveis em descarados palanques fora de hora.
Outro fator a ser comemorado pelos petistas é que apesar de ter havido propaganda partidária de Marina Silva e Ciro Gomes eles continuaram estagnados, favorecendo a eleição plebisictária com que sonha o presidente Lula.
Ainda é cedo, estamos no fim de fevereiro, e a eleição é em outubro. Faltam sete meses, mas o mais importante na fotografia do momento é que a Dilma é uma curva que sobe, o Serra, ainda na frente, é uma linha que desce. A tendência e não o número é o mais importante em pesquisas.
Portanto, o que o PSDB precisa agora é refazer sua estratégia na disputa eleitoral.
Quem ouviu o discurso de Dilma no lançamento da sua candidatura no último fim de semana, na convenção do PT, viu que ela não empolga ninguém. Leu burocraticamente um discurso tedioso e tropeçou até nas poesias de Drummond e Mário Quintana. Isso seria um ponto de fragilidade se o candidato adversário fosse um ás do volante em empolgar platéias, o que Serra reconhecidamente não é.
Os próximos dias serão de muita especulação na política, porque essa pesquisa muda o quadro, até pela enorme credibilidade que tem o instituto Datafolha. Acendeu a luz vermelha, só um avestruz não vê.
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