O desemprego diminuiu pelo segundo mês consecutivo na Região Metropolitana de Salvador (RMS), passando de 21,3%, em junho, para os atuais 20,9% da População Economicamente Ativa (PEA). A informação é da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada em parceria pela SEI, Dieese, Fundação Seade, Setre e Ufba. Segundo os dados, o desemprego aberto recuou de 13,9%, em junho, para 13,3%, em julho, e o desemprego oculto oscilou de 7,5 para 7,6%, no mesmo período.
Foi registrado um contingente de 1,451 milhão de trabalhadores na Região Metropolitana de Salvador. Este resultado decorre do aumento de seis mil postos no mercado de trabalho e da diminuição em duas mil pessoas da PEA. O contingente de desempregados foi estimado em 383 mil pessoas. A taxa de participação retraiu de 58,6 para 58,4% da População em Idade Ativa (PIA).
Os setores de atividade que mais puxaram a retração do desemprego foram o da construção civil, com a criação de seis mil postos (6,4%), o de serviços, com o surgimento de duas mil vagas (0,2%), e o do comércio, com mais mil ocupações (0,4%). Houve estabilidade no agregado outros setores, que inclui serviços domésticos e outras atividades, e na indústria houve perda ocupacional de três mil postos (-2,5%).
A pesquisa aponta a diminuição do emprego assalariado em sete mil postos de trabalho (-0,7%). O setor privado reduziu o contingente de trabalhadores em sete mil vagas (-0,9%), sendo eliminados nove mil empregos celetistas e criadas duas mil vagas sem carteira assinada. No setor público, houve aumento de mil postos (0,5%).
Por sua vez, o número de autônomos e o de trabalhadores domésticos cresceu 12 mil e dois mil, respectivamente. O agregado outros (empregadores, trabalhadores familiares e os donos de negócios familiares, etc.) diminuiu em mil trabalhadores.
Em relação ao rendimento médio, houve uma queda de 3% para ocupados e 1,1% para assalariados. Os valores desses rendimentos foram estimados em R$ 967 e R$ 1.081, respectivamente.
Comportamento em 12 meses
Na comparação entre julho deste ano e o mesmo período de 2008, a taxa de desemprego passou de 20,4 para 20,9%, resultado que reflete o desempenho das taxas de desemprego aberto, que evoluiu de 12,2 para 13,3%, e do desemprego oculto, que diminuiu de 8,3 para 7,6%.
O aumento da taxa de desemprego pode ser explicado pelo número de ocupações geradas neste período não ter sido suficiente para cobrir a quantidade de pessoas que passaram a fazer parte da PEA.
Ao todo, 13 mil pessoas integraram a PEA, enquanto foram criadas duas mil vagas de trabalho. Portanto, foi registrado um aumento de 11 mil pessoas no contingente de desempregados. O número de pessoas ocupadas passou de 1,449 milhão para 1,451 milhão. E a taxa de participação retraiu de 59,6% para os atuais 58,4%.
O comércio foi o setor que mais expandiu durante o ano, com a criação de 25 mil ocupações (11,4%), e a construção civil teve um crescimento de 15 mil postos (17,6%). O segmento de serviços reduziu em 19 mil ocupações (-2,2%), o agregado outros setores (serviços domésticos e outras atividades) eliminou 11 mil vagas (7,9%) e a indústria retraiu em oito mil postos (-6,5%).
Segundo a posição ocupacional, o contingente de trabalhadores assalariados aumentou em 12 mil (1,3%), devido à expansão do emprego no setor público em nove mil vagas e, em menor proporção, no setor privado em quatro mil.
No setor privado foram registrados o aumento dos assalariados com carteira assinada em 26 mil vagas e a diminuição entre os sem carteira em 22 mil. O número de trabalhadores domésticos diminuiu em nove mil pessoas, o de trabalhadores autônomos cresceu em quatro, enquanto o de agregado outros reduziu em cinco mil.
Em junho deste ano, relativamente ao mesmo mês de 2008, o rendimento médio real diminuiu para a população ocupada (0,7%) e para a assalariada (2%).
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