quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Bahia ganha dois novos centros de captação para transplantes

O Ministério da Saúde autorizou dois novos centros especializados para a busca ativa e retirada de múltiplos órgãos e tecidos para transplante na Bahia. A portaria, publicada no Diário Oficial da União, credencia o Hospital de Base Luis Eduardo Magalhães e a Santa Casa de Misericórdia, em Itabuna, para realizar os procedimentos, contribuindo para o aumento no número de atendimentos no Brasil e na Bahia.
Equipes capacitadas identificarão potenciais doadores farão o diagnóstico de morte cerebral e buscarão autorização dos familiares para a doação. De acordo o coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, da Secretaria Estadual de Saúde, Eraldo Moura, o credenciamento das duas unidades representa mais um avanço do processo de interiorização das atividades de captação e transplante de órgãos, além de contribuir para incremento das atividades de transplantes no estado.
Na Bahia, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, existem, atualmente, 529 centros e 1.366 equipes autorizadas a realizar transplantes. Desses, 25 unidades e 40 equipes estão na Bahia.
Em 2008, foram realizados, na Bahia, 363 transplantes, um aumento de 27,82% em relação ao ano anterior. Os transplantes de córnea e rim responderam por 90% do total desses procedimentos no estado.
Este ano, segundo a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, foram contabilizadas no estado, 37 doações de múltiplos órgãos e 150 de córneas e foram realizadas 223 cirurgias de transplante, sendo 27 de fígado, 64 de rim (39 com doador cadáver e 25 com doador vivo), 2 cardíacos e 130 de córneas.
Em todo o país, aconteceram 18.989 transplantes de diversas modalidades no ano passado, número que representa um aumento de 99% em relação a 2007, quando foram feitos 17.428 procedimentos. Na avaliação do Ministério da Saúde, o crescimento foi impulsionado pela habilitação de novos centros, ao lado da quantidade maior de doadores vivos.
Eraldo Moura revela que, apesar dos avanços observados nas atividades de captação e transplante de órgãos, é necessário investir em campanhas educativas, visando conscientizar a população para a importância da doação de órgãos. "Um dos principais obstáculos para que seja ampliado o número de transplantes no estado é o alto índice de negativa familiar - mais de 50% das famílias de potenciais doadores não autorizam a doação", diz, lembrando que uma doação de órgãos pode salvar inúmeras vidas.

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