A primeira fábrica de pasta de cacau fino da Bahia, inaugurada, nesta terça-feira (25), no município de Itamaraju, vai absorver a produção de amêndoas de cacau de 700 famílias de agricultores do Território Extremo Sul, gerando renda e melhor qualidade de vida. Será a primeira fábrica operada por agricultores familiares no Brasil.
Esta fábrica inaugura uma nova era, um novo momento na lavoura do cacau. É como um farol que vai iluminar o caminho da estruturação da cadeia produtiva do cacau”, disse o secretário da Agricultura, Roberto Muniz, que participou da solenidade, juntamente com o secretário de Relações Institucionais, Rui Costa, representando o governador Jaques Wagner.
Implantada com investimento de R$1,2 milhão, dos governos federal e estadual, por meio da Seagri e do município de Itamaraju, a fábrica será gerida pela Cooperativa de Agricultura Familiar Agroecologica do Entorno do Descobrimento (Cafaed), que já conta com 100 associados. “Estamos felizes porque os agricultores familiares desta região vão melhorar as suas condições de vida”, disse Pedro Almeida de Araújo, tesoureiro da Cafaed. Ele destacou que “este é o primeiro empreendimento da agricultura familiar”.
De acordo com ele, inicialmente a fábrica vai produzir a pasta de cacau, principal matéria-prima da indústria chocolateira, mas, num segundo estágio, ampliará as instalações e produzir o chocolate fino, “de qualidade apurada”.
Para Rui Costa, “o Governo do Estado tem um olhar especial para as cadeias produtivas no sentido de verticalizar a produção e agregar valores. A inauguração desta fábrica é um símbolo da prioridade dos governos do estado e federal pela agricultura familiar”.
O secretário Roberto Muniz enfatizou que está sendo agregado valor à cadeia produtiva do cacau e estimulado o cooperativismo, destacando que “o ganho com a transformação do cacau vai para o produtor”.
Pelo preço médio do mercado, o agricultor vende um quilo de amêndoa do cacau por R$ 6, mas, processado o produto, um quilo da pasta de cacau pode chegar a R$ 100, e até R$ 400 se a qualidade for excelente. Agora, com a implantação da fábrica, este ganho ficará com o produtor. Ao defender a implantação de novas indústrias no estado, Muniz afirmou que “não é possível plantar tanto cacau e ainda não ter fábricas de chocolate para agregar valor, trazendo a oportunidade da agroindústria baiana”.
Ele vê também a necessidade de se fortalecer a cadeia do cacau, buscar novos recursos e trabalhar a verticalização da cadeia produtiva. “Não podemos continuar vendendo cacau como fruta”.
Para o prefeito Frei Dilson Santiago, a implantação da fábrica representa a realização de um sonho e a oportunidade de geração de emprego e renda. “Estamos qualificando nosso cacau, fruto da terra, numa ação pioneira no País”. Também participou do evento, a secretária de Programas Regionais do Ministério da Integração Nacional, Márcia Regina Sartori Damo.
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