domingo, 23 de agosto de 2009

Genro pede julgamento de torturadores da ditadura


Fotos na Foto:

- Mª Regina Lobo- Fortografada morta após estrupo e perfurações vaginais;
- Soledad - Assassinada aos sete meses de gravidez após ser entregue pelo cabo Anselmo, infiltrado num grupo e pai do filho de Soledad;
- Guerrilheira ( guardarei nome) que teve filho sequestrado após parto ( até hoje desaparecido);
- "Gracinha" ( presa em 31 de março de 68 aos sete meses de gravidez. Estrupada e torturada, teve o filho morto dentro de seu ventre por 15 dias, quase levando-a a morte tb.);
- Guerrilheiras desaparecidas após presas , torturadas e violentadas;
- Guerrilha do Araguaia : onde estão os Restos mortais de nossa GENTE?
- Major Cerveira =- sem direito a um enterro digno pois ainda negam informações de seu assassinato, dando-o um desaparecido;
- Edson Luiz - Estudante assassinado;

Anistia irrestrita?

Merecem anistia os Torturadores de Mulheres grávidas?
Os assassinos de mulheres grávidas?
Os estupradores de mulheres?
Sequestradores de recem nascidos?
Os torturadores de jovens?
Onde estão nossos mortos? Onde estão os jovens assassinados? onde estão os filhos sequestrados ?
Onde está nossa dignidade?
Anistia IRRESTRITA , NÃO!
Cadeia para os violadores dos DH, os golpistas.
E porque hoje é domingo, fica o "estudo" e chamamento na poesia de Milton, Blanck:

O Que Foi Feito Devera

Composição: Milton Nascimento / Fernando Brant / Márcio Borges

O que foi feito amigo
De tudo que a gente sonhou?
O que foi feito da vida?
O que foi do amor?

Quisera encontrar
Aquele verso menino que escrevi
Há tantos anos atrás

Falo assim sem saudade
Falo assim por saber
Se muito vale o já feito
Mais vale o que será

E o que foi feito é preciso conhecer
Para melhor prosseguir

Falo assim sem tristeza
Falo por acreditar
Que é cobrando o que fomos
Que nós iremos crescer

Outros outubros virão
Outras manhãs plenas de sol e de luz

Pensem e mobilizem: JUNTOS SOMOS FORTES!

Ministro Tarso Genro pede julgamento de torturadores da ditadura

Julgar os torturadores que agiram durante o regime militar não é revanchismo, mas um ato de justiça e de respeito aos direitos humanos, disse neste sábado o ministro da Justiça, Tarso Genro, durante a comemoração dos 30 anos da Lei de Anistia no Brasil.
"Tortura é crime imprescritível e inanistiável. Julgar esses casos representa a continuidade do processo de democratização do país", disse o ministro em evento realizado no Arquivo Nacional, no centro do Rio.
Segundo o ministro, levar os torturadores aos tribunais é fundamental para que, aos poucos, os direitos fundamentais e a dignidade humana sejam internalizados pelas instituições e pela sociedade brasileira. "Para que nunca mais haja tortura no país, seja contra presos políticos, seja contra presos comuns que ainda são torturados no Brasil".
Para Tarso Genro, o STF (Supremo Tribunal Federal) deve considerar procedente a ação [Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental - ADPF 153] que foi apresentada pelo Ministério Público para responsabilizar civil e penalmente as pessoas que cometeram tortura durante a ditadura.
"Aqueles que alegam que o governo exige o julgamento dos responsáveis por crimes de tortura na época da ditadura no Brasil para desmoralizar o Exército são os mesmos que estiveram a serviço da tortura nesse período", afirmou o ministro sob aplausos de pé de centenas de pessoas que participaram do evento.
A ação contesta a validade do Artigo 1º da Lei da Anistia (6.683/79), que considera como conexos e igualmente perdoados os crimes "de qualquer natureza" relacionados aos crimes comuns praticados por motivação política no período de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979.
Para o advogado Modesto da Silveira, um dos homenageados por Tarso Genro no evento, crimes de tortura não se enquadram no artigo primeiro da Lei de Anistia. "Tortura não é crime político. Estupro não é crime político nem crime conexo. O que há é uma má interpretação da lei", acredita.

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