O campus da Universidade do ABC em São Bernardo do Campo, terá um faculdade de Engenharia para ser referência de qualidade em ensino.
Transcrição do trecho do discurso:
Esta universidade aqui, já foi dito, vai ser feito o edital convocando o vestibular, para que no ano que vem a gente já comece [com] 400 vagas lá no Colégio Salete, até construir aqui. Já vai ter um vestibular, nós esperamos começar. E o nosso Magnífico Reitor, esta universidade está atrasada.
É importante dizer isto aqui, na frente de vocês. Ela está atrasada. Era para ela estar um pouco mais adiantada. Quem sabe, a gente já devesse ter visitado a obra aqui, já o prédio. Mas ela atrasou por conta de um erro de edital, demorou seis meses. Essas coisas são assim. A burocracia, quando o papel está errado... Ela era para estar mais adiantada, bem mais adiantada, mas teve problemas e nós agora vamos ter que recuperar o prejuízo. Eu já disse ao Magnífico Reitor e aos nossos queridos arquitetos aí, que eu quero, antes de deixar a Presidência da República no dia 31 de dezembro do ano que vem, vir visitar uma parte desta universidade aqui, já pronta, com prédio erguido e com as coisas funcionando.
Então, Marinho, eu quero te dizer, quero te dizer que eu espero viver mais uns dez anos para que eu possa vir aqui e ver esta universidade funcionando completamente, os estudantes fazendo greve, reivindicando restaurante, reivindicando um monte de coisas, para colocar a universidade numa efervescência mas, ao mesmo tempo, estudando.
Se acontecer tudo o que a gente está pensando, esta universidade aqui será a universidade referência para a formação de engenheiros neste país. Nós trabalhamos com a ideia... Hoje a USP está em cento e... tem uma classificação de universidades no mundo, e a USP é a 109 mais ou menos, ou seja, ela está classificada em 109º lugar. Esta aqui tem chance de ser colocada em um patamar muito melhor, porque esta aqui será uma universidade de excelência. Daqui sairão os mais importantes engenheiros deste país no futuro, e eu espero que entre esses engenheiros tenha filhos de trabalhadores, de metalúrgicos, de pedreiros, de carpinteiros, de gráficos, de mães solteiras, que esteja presente a totalidade da sociedade representada nesta universidade.
Eu queria, então, agradecer ao deputado Luizinho, que foi o relator na Câmara, deste projeto; quero agradecer ao Aloizio Mercadante, que foi o relator no Senado. Essas coisas parecem fáceis, mas a gente coloca isso para votar, e às vezes cai em uma comissão e demora meses ou anos. Se não tiver alguém que vá todo santo dia atrás, a gente às vezes demora três, quatro anos para aprovar uma coisa que poderia ser aprovada em seis meses. Mas é assim. A democracia tem dessas coisas e nós temos que conviver com elas.
Uma outra coisa importante que o Aloizio Mercadante disse aqui, que o nosso Fernando Haddad disse, é a formação de curso técnico. Nós... Se vocês imaginarem que o Nilo Peçanha fez a primeira escola técnica profissional em 1909, na cidade de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e que de lá até 2003, foram feitas só 140, vocês imaginam o desprezo pela formação técnico-profissional . Em 93 anos, fizeram 140. Nós, em oito, vamos fazer 214 escolas técnicas neste país.
O que é que eu espero? Eu espero que a gente tenha mudado de patamar. Eu espero que quem vier depois de mim possa fazer o dobro, o triplo. Ou seja, que eu seja referência para as pessoas que ganharem, falarem “não, se o Lula fez 214, eu vou fazer mais 400; se ele fez 12 universidades, eu vou fazer mais 20; se ele fez mais creches, nós vamos fazer o dobro; se ele fez...” Tudo o que nós fizermos, eu espero que façam o dobro ou o triplo, para que este país, dentro de dez ou 15 anos, em vez de ver seus meninos sendo presos, veja seus meninos ganhando prêmios pela capacidade da sua formação profissional.
Então, Marinho querido, isto aqui poderia ter sido feito antes. Nós tivemos que comprar o terreno porque o prefeito anterior deu um terreno lá na Cacique Tibiriçá, eu achei muito longe, até porque eu... quando eu não era Presidente, eu era pescador e eu fui pescar, muitas vezes, manjuba lá na represa. Eu sei, quando tem uma cerração, como é que é para lá, e eu queria a universidade no centro de São Bernardo.
Então, este terreno aqui foi comprado pelo Ministério da Educação por 50 milhões, porque o prefeito disse que não podia dar o terreno. Compramos o terreno, vamos fazer e esta universidade vai se expandir. Ela tem terreno para se expandir, e se não tiver terreno, nós vamos procurar para expandir esta universidade porque, entre as duas, nós vamos ter – quando elas estiverem prontas – pelo menos 15 mil alunos trabalhando. No começo, o Fernando Haddad me falou 25 mil alunos, mas aí reduziu para 20, agora para 15. Eu estou dizendo 15, para vocês não deixarem de me cobrar, que aqui em Santo André tem que ter 15 mil alunos estudando e se formando, com uma formação de alta qualidade e alta competência.
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