Não adiantou o governador Jaques Wagner (PT) conter os ímpetos oposicionistas da tendência Articulação de Esquerda (AE), conseguindo da corrente petista o compromisso de evitar uma candidatura de confronto ao atual presidente estadual do partido, Jonas Paulo.
Hoje, no encerramento do prazo para inscrições de chapas ao PED (Processo Eleitoral Direto), três candidaturas foram registradas para concorrer com Jonas Paulo. Além deles, concorrem duas chapas sem nomes à presidência, pertencentes a dissidências de correntes de importantes membros do governo.
A exemplo da Brasil Socialista, conforme antecipou este Política Livre, que inscreveu a candidatura da militante Maria da Conceição, a tendência O Trabalho lançou o sindicalista Lourival Tranquilo e a Tendência Marxista resolveu apostar no nome de Benjamim Souza.
São nomes significativamente menos expressivos do que os de Luis Caetano, prefeito de Camaçari, e do ex-presidente petista Marcelino Galo, da AE, cujas candidaturas teriam poder para causar uma implosão no PT com consequências imprevisíveis sobre a campanha à reeleição de Wagner em 2010.
Ainda assim, a simples existência da disputa tem capacidade de bagunçar o coreto interno da legenda, razão porque o governo deve lançar mão de muita negociação para impedir que o confronto se estabeleça até novembro, data da eleição.
A concorrência demonstraria, essencialmente, a insatisfação com a gestão de Jonas no comando do PT, acusada de priorizar os interesses do governo em detrimento dos do partido.
É o que indica o fato de Júlio Rocha, da corrente Reencantar, a mesma do secretário estadual de Relações Institucionais, Rui Costa, ter inscrito chapa para disputar a executiva, sem candidatura à presidência.
A outra chapa inscrita com as mesmas características (sem candidato à sucessão do presidente Jonas) é encampada por petistas de Itabuna pertencentes à corrente Democracia Socialista, de dois importantes membros do governo - os secretários Walter Pinheiro (Planejamento) e Robinson Almeida (Comunicação).
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