quinta-feira, 27 de agosto de 2009

PT NÃO OUVE WAGNER E VAI PARA O BATE-CHAPA

O esforço do governador Jaques Wagner em busca do consenso para a eleição interna do PT não valeu de nada. Foram registrados cinco candidatos para a disputa pela direção regional. As chapas são as seguintes: Partido Unido e Forte, que trabalha pela reeleição de Jonas Paulo; Militante e Socialista, representada pela Tendência Marxista, cujo candidato é Benjamim Souza; Terra, Trabalho e Soberania, da corrente O Trabalho, encabeçada por Lourival Lopes; Contraponto Socialista, da tendência Brasil Socialista, com a candidatura de Maria Conceição; e Militante Merece Respeito, composta da tendência Movimento PT, com Kazuiyuki Nakayama.
O companheiro Kazu tem sido um nome muito bem aceito dentro do partido, pelo seu perfil ético e responsável.
KAZUIYUKI NAKAYAMA é Engenheiro Agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz-ESALQ - Universidade de São Paulo, Mestrado em Entomologia / Universidade de São Paulo, Doutor em Ecologia de Comunidades / Universidade Federal de Viçosas, Minas Gerais.
Técnico com grande experiência como pesquisador / professor da ESALQ / USP, Professor e Pesquisador da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e professor e pesquisador da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul. Ainda foi gerente de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia agropecuária da empresa Visão Pesquisa, Tecnologia e Assistência Técnica, no Mato Grosso do Sul. Nos últimos vinte e cinco anos tem atuado como Pesquisador em agro-ecologia da CEPLAC / MAPA / Bahia desenvolvendo tecnologias para a agricultura familiar.
A militância política foi iniciada na universidade como secretário de DEC / ESALQ. Em 1982, participou da fundação do Diretório do PT em Dourados, MS. A partir de 1985, na Bahia, foi delegado da SEAC-Sociedade dos Engenheiros Agrônomos da Ceplac, no Conselho Das Entidades dos Trabalhadores da Ceplac. Após uma forte greve conduzida pelo Conselho das Entidades da Ceplac, foi demitido pelo Governo Collor em julho de 1990. Apesar disso, continuou a participar ativamente do esforço coletivo para construção do PT de Itabuna que culminou na eleição do primeiro deputado estadual do PT do Sul da Bahia.
Em 1991, desempregado, retornou ao Mato Grosso do Sul, onde continuou sua militância no PT tendo contribuído, em Aquidauana, MS, para eleição de Zeca do PT. Em 1995, retornou à Ceplac, onde assumiu mandato no SINTSEF (Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Bahia e, também, mandato na CONDISEF (Confederação dos Servidores Públicos Federais). De 1998 a 2002, afastou-se para cursar o doutorado. Desde seu retorno em 2003, tem-se empenhado na construção de várias candidaturas (vereadores, prefeitos, deputados e etc.) locais e regionais do PT. Acredita que a militância é a alma e a essência do PT.

UM MANDATO DEMOCRATICO E MILITANTE

AS PRINCIPAIS METAS DO CANDIDATO KAZUO

1- Fazer valer as instâncias partidárias, preservando a política local de acordo com as o estatuto do partido;
2- Difundir o partido, criando campanhas institucionais zelando pela boa imagem do PT;
3- Estruturar os diretórios municipais;
4- Fortalecer os diretórios municipais prestigiando com os seus quadros dirigentes e governantes nas suas atividades;
5- Promover Encontros Regionais nas diversas localidades e municípios onde a dinâmica da política e conjuntura for necessária;
6- Implementar a Campanha pela Sede Própria, com melhor acomodação e infraestrutura adequada
7- Ampliar o número de diretórios municipais pelo estado na possibilidade de atingir o 100% dos municípios baianos;
8- Colocar o partido presente nas atividades dos movimentos sociais;
9- Desenvolver boa interlocução com a banca estadual e estadual de deputados petista e a com o Governador;
10- Fortalecer a implementação da política do diretório Regional;
11- Desenvolver uma melhor interlocução com os militantes e seus dirigentes;
12- Manter o PT sempre articulado com a política baiana e seus respectivos partidos políticos;
13- Posicionar sempre em defesa dos direitos das causas indígena; da população afro-descendentes e suas manifestações culturais;
14- Regionalização do PT;
15- FORMAÇÃO POLÍTICA NAS REGIONAIS;
16- Incrementar informativo do PT.Manutenção e alimentação interativa de página do PT na internet, para viabilizar a intervenção dos militantes e da base;
17- Agenda propositiva do PARTIDO para fortalecimento das lideranças do interior.
18- PT TEM A OBRIGAÇÃO DE AJUDAR CONTRUIR A AGENDA DO GOVERNO NAS CAMPANHAS, PARA QUE NÃO SE REPITA O OCORRIDO NA ÚLTIMA ELEIÇÃO; O GOVERNADOR NÃO PARTICIPOU DA CAMPANHA COM DEVIA E AGORA TEMOS UMA BASE DESANIMADA E ENFRETAREMOS DIFICULDADES NAS CAMPANHAS DE 2010;
19- Ativação das setoriais;
20- Divulgação do modo petista de governar das prefeituras petistas bem sucedidas;
21- Divulgação dos bons projetos das prefeituras do PT;
22- Aperfeiçoar o ATENDIMENTO aos companheiros do interior e catalogar as demandas dos diretórios municipais com eficiência nas respostas e demandas;

Tese ao PED 2009 e IV Congresso do Partido dos Trabalhadores

Os baianos rompem com o conservadorismo

O Resultado vitorioso das eleições gerais de 2006, em um primeiro momento, representa a declaração do povo baiano do desejo de mudança efetiva na condução das políticas do Estado, entretanto, tal assertiva vem conjugada com o acúmulo da política desenvolvida pelo PT ao longo de sua existência, com anos de luta ao lado dos demais partidos de esquerda da Bahia, não esquecendo a fundamental participação dos movimentos sociais do campo e da cidade na construção desse resultado. As políticas sociais do Governo Lula foi fator determinante da quebra do controle oligárquico sobre a população pobre do nosso estado. Interrompendo o ciclo vicioso da oligarquia baiana do chamado carlismo.
A ascensão das forças progressistas e de esquerda ao comando do Governo da Bahia tinha e deve continuar tendo como tarefa o dever de fomentar mudanças estruturantes da máquina estatal do governo baiano, objetivando a mudança de mentalidade quanto aos procedimentos impeditivos de acesso a políticas públicas, a nosso ver, dificultada pelo burocratismo burguês criado pelos governos passados e gerenciado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). Modificar e romper com a continuidade do burocratismo estatal do Governo da Bahia acenderá novos caminhos que a Bahia precisa percorrer, tais como a mudança na política de concessões do sistema de transportes (autorização), a reforma agrária e a reforma urbana, qualidade no sistema de ensino, efetivação das políticas reparatórias para população negra e indígena, política de agroindústria, política para a população idosa, para a criança e a juventude; humanização do sistema prisional baiano, sistema de inteligência policial no combate ao crime, entre outras conduções renovadoras dessa mentalidade estatal conservadora e burocrática.
A Bahia não espera tampouco o povo baiano. Nós temos pressa, pois queremos testemunhar as mudanças, inclusive ajudando-as a acontecer. Os compromissos firmados em 2006, temos certeza, serão cobrados em 2010. e a responsabilidade dos atos praticados e das omissões recairão sobre todos nós, assim urge fazer o debate e propor novos rumos, uma tarefa que é de todos os companheiros. O projeto mais uma vez está em disputa e está colocado a possibilidade de sua interrupção. Cabe-nos atentar para a vontade do povo baiano, o mais é tentar enganar a nós mesmos e ao governo.

1- O papel do Núcleo Político de Governo e sua relação com PT, sociedade e base aliada;

A releitura do processo eleitoral de 2006 é um sinal de maturidade, principalmente pela coragem de assumirmos os erros que não podemos repetir em outros processos vindouros. A orientação política do Núcleo Político do Governo, não foi feliz com as costuras e relações desenvolvidas com os partidos da Base aliada e principalmente com o PMDB de Gedel. Essa atuação contrariou completamente o que estamos denominando de base social do Partido, resultando em uma relação frágil e débil com essa base, em face da existência de atravessadores, pessoas que não entenderam o seu papel no governo ou até mesmo na direção do partido. Essas ações foram nocivas para a sobrevivência política do PT e da sua base, representando uma significativa baixa nos ativos do capital político da militância petista.

2- Horizontalização da estrutura do Governo Wagner

A estrutura verticalizada das secretárias, empresas e órgão do Governo do Estado entregue aos partidos aliados e às forças políticas do PT, rompeu com a possibilidade de construção do que chamaríamos de uma gestão moderna para o governo. O formato atual virou uma caricatura aos modos petistas de governar, fato observável pela falta de criatividade nas ações de governo, que, através do seu núcleo político, assumiu o papel de um mero repetidor ou copiador das práticas dos governos anteriores e dos partidos que lhes davam sustentação. Reformular esse modelo proporcionaria o rompimento com as políticas fisiológicas desenvolvidas atualmente, nos favorecimentos dos chamados “meu pedaço”. Essa ruptura ensejaria um novo fazer político, aproximando-se da tão esperada “revolução petista”, fundamentada não mais em armas, mas na postura fraternal e democrática em todas as relações onde a estrutura de governo tenha inserção.

3-Interiorização do PT e a agenda do Governo combinando com os parceiros locais.

O distanciamento submetido à base social que elegeu Wagner e a permanência do PMDB de Gedel deverá ter um fim. Restaurarmos essa confiança e essa relação é fundamental para a nova Direção do PT e do novo Núcleo Político do Governo, pois nessa forma, montada aos moldes conservadores de políticas oligárquicas derrotadas nas eleições de 2006, acarretará o recrudescimento do sentimento de orfandade existente entre os militantes, principalmente do interior, ainda ressentidos pela troca promiscua perpetrada pelos articuladores do núcleo político do governo Wagner, decidindo a ocupação dos cargos sempre favoravelmente aos integrantes da base aliada, em detrimento aos tantos companheiros que se expuseram, trabalharam, defenderam, confiaram e resultaram deslegitimados a prosseguir na atuação política pela falta de respaldo desse núcleo. A base social vitoriosa de 2006 não pode ser colocada no plano daqueles que não ouvem, não tem sentimentos e não sabem o que quer. Tanto o Governo quanto a Direção do PT deverão diminuir a distância e estreitar essa relação, pois entendemos que a mobilização das bases depende exclusivamente da Direção do PT e do Governo Wagner, através da interiorização do partido, associando a agenda do governo com os parceiros locais, numa atitude afirmativa do reconhecimento que deve ser creditado a todos que lutaram em favor de uma nova Bahia.

4-Qualidade na atuação da Bancada do PT e da Base Aliada.

Não será mais admitido o comportamento da bancada do governo sem uma forma propositiva nas suas ações deixando o governo passar por ridículo, sem defesas consistentes, embasadas com dados e informações que qualifiquem as intervenções dos parlamentares. A bancada petista tem um papel fundamental e norteador nas defesas e intervenções qualificadas, respondendo com altura as indagações interpeladas pelos partidos adversários. Entendemos ainda, que a perda do referencial ético atribuído ao Partido dos Trabalhadores, seja um ponto contribuidor da desqualificação do discurso e da prática petista parlamentar, por força da queda de uma moral desenvolvida ao longo da construção desse partido, com a qual os seus militantes, tomando para si a responsabilidade, promoviam a sua disseminação, não apenas através do discurso, mas na prática do exercício político diário com os seus companheiros e demais cidadãos. A esperança na existência do homem justo, ético, correto, digno, cedeu lugar à desesperança de alcançar esse homem ideal. Não mais lutamos. Sucumbimos às facilidades do poder pelo poder, nos esquecendo da finalidade pela qual estamos nos colocando para propor e conduzir políticas. Assim, como falar em ética, em bem comum? Como nos fazer confiáveis ou diferentes dos que já passaram se houve uma cooptação pelo antigo fazer político, baseado em trocas esdrúxulas, compra e venda de apoios, ou congêneres? O discurso dos nossos parlamentares não resistirá a uma pergunta de criança, pois pela pureza, confundiria o mais hábil deles pelo distanciamento ético para com o estatuto partidário, assim como pela perda do referencial dos valores humanos.

5-Redefinição das Metas das Políticas Públicas do Governo Wagner

Atender os anseios do povo baiano e dos movimentos sociais tem a força de nos transformar nos condutores do processo que conduzirá a transformação desejada pelo eleitorado de 2006. Não percebemos a empolgação sempre presente em outros momentos eleitorais, ao contrário, o desânimo, a descrença e a dura crítica ao que não foi feito como se esperava, está sendo a tônica entre os militantes e demais cidadãos. As eleições 2010 será o teste de fogo que o PT e os partidos aliados enfrentarão com as ações e realizações do Governo Wagner. Assumir o governo é uma tarefa de gigantes, que só será possível com a redefinição das metas e prioridades políticas para atender o eleitorado baiano, baseado no desenvolvimento de novas ações interpessoais e partidárias, de maneira a atingir o ideal de construção humana digna e fraterna em todos os segmentos da política, permeando todas as relações, configurando-se, desta forma, a revolução real, que representa hoje, a revolução dos valores humanos, estes que ajudam a preservar o homem na sua integralidade, através do respeito à sua humanidade, oferecendo-lhe condições de crescimento e de felicidade.

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