O bloqueio pela Justiça de São Paulo de contas na Suíça atribuídas a tucanos envolvidos nas acusações do caso Alstom é mais uma prova de como a mídia protege e é cúmplice dos tucanos e demos quando se trata de denúncias de corrupção contra seus governos e membros de seus partidos. O caso Alstom é ontológico, como está sendo o caso Yeda Crusius, totalmente protegida pela grande mídia. Neste caso, a mídia regional chegou ao ponto de publicar editoriais exigindo o fim das denúncias em nome da governabilidade e da estabilidade do Estado.
Vivemos, portanto, numa ditadura da mídia, que controla a chamada opinião pública, que perde legitimidade e por isso não tem capacidade de pressão. O conjunto dos leitores dos jornais, que vêem suas vendas cair dia a dia, tem a percepção que a mídia tomou partido dos tucanos e, principalmente, faz oposição aberta ao PT e ao governo Lula.
A decisão da Justiça de São Paulo, de bloquear contas na Suíça atribuídas a tucanos, envolve várias gestões dos tucanos à frente do governo de São Paulo e uma única empresa, a Alstom, sob investigação na Suíça e no Brasil por suspeitas de ter pago propina para obter negócios com políticos tucanos.
Um das contas é atribuída a Jorge Fagali Neto, que foi diretor financeiro do Metrô em 1993 e secretário de Transportes em 1994, no governo de Fleury Filho. Em outubro de 2003, um ano depois de a conta atribuída a Fagali ter recebido recursos da Alstom, o então governador Geraldo Alckmin assinou contrato para a construção da linha 4 do Metrô. A Alstom faz parte do consórcio que constrói a linha.
A outra conta é atribuída a Robson Marinho, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e segundo homem na hierarquia do primeiro governo de Mario Covas, entre 1995-1999.
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