É quase inacreditável que em menos de um ano (de maio 2007 a fevereiro de 2008), como indica a matéria publicada pela Folha de S. Paulo, a senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), suplente no Conselho de Ética do Senado, tenha patrocinado com dinheiro do Senado, 240 viagens - são 320 páginas de cartões de embarque - totalizando R$ 160 mil de gastos dos cofres públicos.
Segundo a reportagem, Rosalba utilizou a verba pública de cota aérea do Senado para pagar viagens e até estadia em hotéis, do marido, filhos, outros parentes, amigos, de seu advogado e da mulher deste. O marido de Rosalba, Carlos Augusto, integra a família Rosado, uma das oligarquias mais ricas do Rio Grande do Norte e que há décadas se revesa no poder no Estado com a dos Maia.
Tudo confirmado pela própria senadora que tentou se justificar com a mesma desculpa dada pelos colegas, os outros 37 senadores que cometeram o mesmo tipo de ilegalidade e outras irregularidades: "Antes, [a cota] era vista mais como uma complementação que era de uso do parlamentar, que ele podia usar para o deslocamento seu, do cônjuge, de dependentes ou de pessoas que achasse que era conveniente" , argumenta Rosalba.
Legalmente destinada ao deslocamento dos congressistas de Brasília para seus Estados e vice-versa, até maio deste ano, a cota constava de cinco bilhetes de ida e volta por mês para cada congressista (trechos Brasília- Rio-cidade do congressista) , mas as normas jamais incluíram o pagamento de estadia em hotéis ou viagens à Europa, muito menos de turismo, como fizeram os patrocinados pela senadora Rosalba Ciarlini.
Um entre dezenas, o caso da senadora integra o escândalo que ficou conhecido como a "farra das passagens", no qual se envolveram outros parlamentares, como por exemplo o deputado Fernando Gabeira (PV -RJ) também denunciado por transferir passagens da cota do Senado para familiares.
Mas, para tentar atingir o governo Lula, a mídia nacional, principalmente a Rede Globo, insiste na renúncia de Sarney, mas, não divulga esse fato com a senadora do DEM. É mole ou quer mais?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será avaliado pelo moderador, para que se possa ser divulgada. Palavras torpes, agressão moral e verbal, entre outras atitudes não serão aceitas.