Do ponto de vista político e diplomático, nosso governo não pode aceitar a instalação das bases norte-americanas na Colômbia sem a máxima transparência, para os governos da região, dos termos do acordo e de sua abrangência.
Em hipótese alguma podemos aceitar que as tropas e as bases tenham objetivos extraterritoriais, para além do território soberano da Colômbia.
Alegar que as guerrilhas colombianos atuam no Equador e na Venezuela é um contra senso já que elas atuam e controlam imensas áreas dentro da Colômbia sem que seu governo as derrote.
Não é, portanto, sequer razoável cobrar dos governos vizinhos controle de suas fronteiras - é cobrar um controle que as forças armadas colombianas, repito, nem com apoio norte-americano nunca conseguiram fazer sequer em seu território.
Objetivo é agredir Equador e Venezuela
Essas bases norte-americanas na Colômbia são uma ameaça a nossa soberania, especialmente à Amazônia. Não tem razão de ser, a não ser para pressionar e ameaçar os governos do Equador e da Venezuela e para manter o controle dos estados Unidos sobre a América Latina.
Essas ações do governo Uribe - que caminha para um terceiro mandato - são inaceitáveis e darão inicio a uma corrida armamentista na região, além de agravar as já péssimas relações políticas e diplomáticas com seus vizinhos, o Equador (agredido pela Colômbia recentemente com invasão de seu território) e a Venezuela.
As bases trarão instabilidade e crise para a região, afetando nossos interesses nacionais e colocando em risco a segurança de nossas fronteiras na Amazônia.
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